Autoridades de saúde dos Estados Unidos reportaram 2.290 casos confirmados ou prováveis de uma doença respiratória misteriosa ligada ao uso do cigarro eletrônico. Mais cinco mortes relacionadas ao produto foram registradas, elevando o número total de mortos para 47 até agora em 2019.

No início deste mês, médicos relataram a descoberta de acetato de vitamina E em todas as amostras de pulmão dos 29 pacientes testados. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) considerou a substância “preocupante” e recomendou que ela não fosse adicionada a cigarros eletrônicos enquanto a investigação estiver em andamento. Acredita-se que este óleo seja usado para diluir componentes da maconha nestes produtos.

Investigadores já haviam apontado para o risco da presença de THC, o ingrediente psicoativo da maconha, nos óleos de cigarros eletrônicos. A onda de doenças respiratórias graves levou as autoridades norte-americanas a pedir que as pessoas parassem de fumar estes cigarros, especialmente aqueles que contêm o THC.

Até o dia 20 de novembro, temos mortes confirmadas em 25 estados e no Distrito da Columbia, de acordo com o CDC; Louisiana é o mais novo estado a relatar uma morte pela doença. O maior número de mortes foi registrado em Illinois, com 5 óbitos e 187 casos de doenças. Na semana passada, a agência reportou um total de 2.172 casos e 42 mortes pela doença.

O governo Trump anunciou um plano em setembro para remover todos os cigarros eletrônicos com sabor das prateleiras das lojas, após autoridades alertarem que as essências doces atraíam milhões de crianças ao vício em nicotina. O presidente sediará uma reunião sobre o assunto na Casa Branca nesta sexta-feira (22) com vários grupos, incluindo representantes da indústria e da saúde pública.

Fonte: Reuters