Estudo de cratera revela detalhes sobre a extinção dos dinossauros

Estudo da 'Cratera de Chicxulub' trouxe novas informações sobre o fim da era dos dinossauros
Redação16/12/2019 12h40, atualizada em 16/12/2019 14h02

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Cerca de 65 milhões de anos atrás, o fim da era dos dinossauros acabou com três quartos de toda a vida vegetal e animal na Terra, alterando o curso de evolução do planeta. Porém, em setembro de 2019, os cientistas tiveram uma visão ainda mais detalhada sobre o que aconteceu após a extinção do período Cretáceo-Paleogeno (K-PG), reconstruindo os conceitos de como a era dos dinossauros chegou ao fim.

Conhecida como Cratera de Chicxulub, os remanescentes da colisão terrestre foram estudados a partir de amostras encontradas pela primeira vez em 2016. Os sedimentos descobertos pintam uma imagem do momento catastrófico em que a Terra foi irrevogavelmente alterada. Formada em apenas alguns segundos, a cratera de 122 milhas (aproximadamente 180 quilômetros) transbordou em pouco tempo uma camada de rocha derretida de cerca de 40 metros.

Logo em seguida, o restante da Terra começou a sentir os efeitos do impacto: a água do mar trovejou na cratera, carregando uma infinidade de materiais e organismos; tsunamis aconteceram logo em seguida. Em menos de meia hora, o caos tomou conta do planeta em uma escala sem precedente.

Reprodução

Duas vistas da cratera de impacto Chicxulub. Fotos: SHuttle Radas Topography Mission (Nasa) e satélite Landsat

Restos de carvão encontrados na cratera sugerem que havia mais do que tsunamis. No impacto, pedaços de madeira queimada e detritos voaram centenas de metros no ar, aterrissando em áreas cobertas de árvores e arbustos. Os incêndios florestais provavelmente se espalharam desenfreadamente por até 930 milhas (aproximadamente 1.496 quilômetros) da cratera e, por um período curto de tempo – logo antes do resfriamento global maciço – o mundo ficou em chamas.

Além disso, os incêndios enviaram quantidades incontáveis de fumaça ao ar que, misturado com os aerossóis de sulfato liberados na atmosfera após o impacto e o bloqueio do sol, foram nocivos aos dinossauros.

“Eles foram fritos e depois congelados”, explica Sean Gulick, pesquisador do Instituto de Geofísica na Universidade do Texas. “Nem todos os dinossauros morreram naquele dia, mas com certeza muitos sim”, completou.

Via: Inverse

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital