Os Estados Unidos devem voltar a fornecer licenças para companhias americanas para venda de componentes “não sensíveis” para a Huawei. A informação foi confirmada pelo secretário de Comércio Wilbur Ross, em entrevista à Bloomberg.
Ross acrescentou que o governo americano recebeu um total de 206 pedidos de licenças. Enquanto não há confirmação de datas por meio do secretário, há uma grande chance de que as companhias que fizeram o requerimento tenham suas licenças aplicadas antes do final do ano.
Espera-se que os Estados Unidos e a China assinem um acordo comercial de “fase um”. Ross contou que está muito otimista quanto ao acordo ser fechado este mês e que não existe “uma razão natural” para que a negociação não seja concluída.
Caso tudo saia conforme o planejado, a Huawei será possibilitada de adicionar uma atualização para incluir os serviços do Google aos smartphones Mate 30. Isso também significa que a família de celulares da companhia em 2020 já sairá das caixas com os serviços do Google.
Apesar de estar na lista negra do presidente Donald Trump e dos Estados Unidos, a Huawei vendeu 66,8 milhões de smartphones no segundo quadrimestre do ano de 2019, abocanhando 19% do mercado mundial.
No início de outubro, a administração de Trump deu luz verde à negociação com a empresa da China. A ideia era reduzir as tensões causadas pela guerra comercial entre os dois países. Em maio, a Huawei entrou, juntamente com uma gama de outras empresas, em uma lista que proibia a venda de seus produtos em solo norte-americano, assim como a venda de componentes dos EUA para a gigante chinesa.
Pouco depois, no entanto, o Departamento de Comércio suspendeu a decisão por 90 dias. Em agosto, uma nova suspensão de 90 dias foi garantida à Huawei, que expira no dia 19 de novembro. Mesmo que o banimento não tenha de fato entrado em vigor até o momento, a empresa não pode licenciar a última versão do Android para seus dispositivos. Como resultado, a última série de Mate 30 foi lançada sem os serviços do Google.
Via: Android Central