Empresa dos EUA vai criar banco de dados com fotos de cocô

Obejtivo é compilar 100 mil fotos de voluntários do mundo todo para treinar uma inteligência artificial capaz de diagnosticar doenças gastrointestinais
Rafael Rigues29/10/2019 14h30

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Uma empresa norte-americana chamada Seed, composta por “cientistas, doutores, inovadores e empreendedores que acreditam no potencial do microbioma para melhorar saúde humana e do planeta”, está tentanto criar o primeiro banco de dados com amostras de cocô em todo o mundo.

Não, você não leu errado. Segundo Ara Katz, co-CEO e co-Fundador da empresa, nossas fezes são uma amostra direta de nossa saúde e do microbioma (a comunidade de bactérias) que vive em nossos corpos. Ao analisar amostras, cientistas podem estudar e entender melhor várias doenças que afetam milhares de pessoas todos os dias. Só nos EUA, estima-se que 1 em cada 5 pessoas sofra com a Síndrome do Intestino Irritável, entre outros problemas.

O objetivo da campanha “#GIVEaSHIT for Science” (algo como “Dê importância para a Ciência”) é coletar 100 mil fotos de fezes de usuários de todo o mundo. Elas serão analisadas por uma equipe de sete gastroenterologistas e catalogadas de acordo com a Escala Bristol, que pode dizer aos médicos se o paciente tinha prisão de ventre, diarréia, comeu pouca fibra, etc. Depois, estas imagens serão usadas para treinar um modelo de inteligência artificial para que possa desempenhar o mesmo trabalho dos médicos.

Para colaborar com a pesquisa basta visitar o site seed.com/poop no smartphone e clicar no botão que diz “#GIVEaSHIT”. Informe seu endereço de e-mail, diga se você é uma pessoal “matinal”, “vespertina” ou “noturna” e tire uma foto de sua “obra”. Segundo a Seed, os dados pessoais serão separados das imagens, para que estas permançam anônimas.

Fonte: The Verge

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital