Após diversas críticas sobre as condições de trabalho em seus centros de atendimento, a Amazon criou no ano passado uma série de contas no Twitter para que seus funcionários pudessem falar a todos sobre suas condições de trabalho.
Os embaixadores, como os donos das contas são chamados, tuítaram sobre os abundantes intervalos oferecidos pelo empregador. Em troca de seu testemunho, os trabalhadores teriam recebido um dia de folga adicional e um vale-presente de US$ 50.
Em algum momento deste ano, as contas foram entregues para outras pessoas. Indivíduos de diferentes idades e sexos. Aparentemente, sem nenhum vínculo com o dono anterior da conta. Quem percebeu essa mudança, foi o jornalista Jonah Engel Bromwich, do New York Times, que publicou uma reportagem sobre o assunto.
Após a publicação, os usuários do Twitter tomaram conhecimento do fato e questionaram se não eram robôs que estavam administrando aqueles perfis. Os embaixadores negaram, mas o caso ainda parecia inconclusivo para alguns.
Com isso em mente, Aric Toler do site Bellingcat iniciou uma investigação. Ele encontrou “53 contas de embaixadores até o momento”. Além disso, Toler descobriu que todas as contas estavam enviando seus tuítes de uma empresa chamada Sprinklr, um serviço de marketing corporativo pago.
A conclusão é que a Amazon contratou uma empresa para manter uma estratégia de marketing sobre a ideia dos embaixadores que trabalham em seus centros de atendimento e compartilham sua rotina nas redes sociais.
A Amazon, por sua vez, confirmou a legitimidade de seus embaixadores. A empresa disse ao BuzFeed: “Essas são contas administradas por funcionários de nossos centros de atendimento que entendem realmente como é trabalhar lá.”
Mesmo após as denúncias, as contas continuam ativas no Twitter e compartilham mensagens até hoje.
Via: The Verge