51% dos jovens não piratearam nada no último ano, diz União Europeia

Serviços de streaming de áudio e vídeo estão se popularizando e contribuindo para uma redução no acesso a conteúdo ilegal
Rafael Rigues31/10/2019 19h37, atualizada em 31/10/2019 19h40

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Segundo um estudo conduzido pelo Escritório de Propriedade Intelectual da União Européia (EUIPO), 51% dos jovens entrevistados não acessaram nenhum produto ou conteúdo pirata, seja vídeos, músicas, livros ou jogos, no último ano.

O objetivo do estudo, conduzido em todos os 28 países membros da União Européia, é entender o que incentiva, ou desestimula, os jovens a consumir conteúdo digital ou físico, tanto legal quanto ilegalmente. No total foram ouvidas 23.507 pessoas, com idades entre 15 a 24 anos.

Embora um terço dos entrevistados tenha admitido já ter acessado algum conteúdo ilegal, esta parcela dos entrevistados é 5% menor do que no estudo anterior, conduzido em 2016. Segundo Christian Archambeau, diretor executivo do EUIPO, o maior acesso e uso de serviços de músicas e filmes por assinatura parece ser um fator importante nesta mudança.

97% dos entrevistados fazem streaming ou download de músicas, 94% assistem filmes e séries via streaming e 92% acessam jogos em formato digital. Houve uma queda notável no uso de fontes ilegais de música: apenas 39% dos que consomem conteúdo ilegal faz isso em busca de música, uma queda de 17% em relação a 2016.

Os motivos para o uso de conteúdo ilegal não são novos. Mais da metade dos entrevistados (56%) cita o preço como um fator, mas só um terço diz frequentar plataformas ilícitas porque o conteúdo que desejam não está disponível legalmente, ou porque acreditam que os sites piratas oferecem mais escolha.

O estudo conclui com um dado positivo: é raro que os jovens usem apenas fontes ilegais para consumir conteúdo. “80% dos entrevistados usam ao menos uma fonte legal para acessar conteúdo digital”.

Fonte: TorrentFreak

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital