Descobertas recentes apontam o que os cientistas já suspeitavam, que o Espinossauro era uma espécie com tendências aquáticas. Isso foi cogitado por conta do focinho parecido com o de um crocodilo e da cauda semelhante a um remo.

Agora, de acordo com um estudo feito por uma equipe de especialistas da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, o Espinossauro era de fato um dinossauro aquático. O documento, publicado na Cretaceous Research, vai contra o que se acreditava até então: que a espécie era apenas terrestre.

Por meio de evidências tafanômicas, que são obtidas a partir do estudo de organismos em decomposição, os especialistas descobriram mais de 1.200 dentes fossilizados no leito do rio Kem Kem, que fluía pelo deserto do Saara há milhões de anos.

Ao comentar as evidências, David Martill, um dos autores do estudo, que baseou todo a descoberta na possibilidade de o Espinossauro ser uma espécie que vivia na água, disse que encontrar dentes fossilizados próximo a um antigo rio certamente é um reflexo de um estilo de vida aquático.

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Foram descobertos 1.200 dentes fossilizados do Espinossauro no leito do rio Kem Kem, que fluía pelo deserto do Saara há milhões de anos. Foto: Mike Bowler

“Um animal que vive grande parte de sua vida na água tem muito mais probabilidade de contribuir com dentes para o depósito do rio do que aqueles dinossauros que talvez apenas visitassem o rio para beber e se alimentar ao longo de suas margens”, disse o especialista.

“A partir desta pesquisa, podemos confirmar este local como o lugar onde este dinossauro gigante não apenas viveu, mas também morreu. Os resultados são totalmente consistentes com a ideia de um verdadeiro habitante da água”, finaliza Martill.

Considerando isso, um predador com quase 18 metros de comprimento e pesando mais de 20 toneladas pode não ser a companhia perfeita para um mergulho.

Via: CNet. Foto de destaque: Kumiko