Cresce o número de linhas pós-pagas e diminuem as pré-pagas

As quatro maiores operadoras do país registraram baixa na base de assinaturas, enquanto as de pequeno porte cresceram quase 20%.
Redação23/04/2019 17h25, atualizada em 23/04/2019 18h38

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Segundo a Anatel, o mês de março fechou com 102,24 milhões de linhas móveis pós-pagas operando em território nacional. Com isso, elas passaram a representar 44,67% do mercado. Foram mais 11,67 milhões de unidades, que representam um aumento de 6% de participação em 12 meses — 12,89% mais precisamente. Enquanto isso, as linhas pré-pagas apresentaram queda de 12,79% — são menos 18,58 milhões de unidades; o período fechou com 126,64 milhões de linhas.

Em uma visão geral, o Brasil encerrou março de 2019 com 228,88 milhões de linhas móveis em operação. Esse resultado mostra uma diminuição de 2,93% — menos 6,91 milhões — do total (pré-pagas + pós-pagas) no país em 12 meses

A notícia não foi muito boa para os grandes grupos de telefonia, ainda que representem 97,28% do mercado. Todas essas operadoras tiveram queda em suas bases de assinantes. A Vivo registrou 73,53 milhões de unidades (menos 2,09%), seguida da Claro, com 56,38 milhões (menos 4,13%), da TIM, com 55,08 milhões (menos 4,86%) e da Oi, com 37,66 milhões (menos 2,90%).

Por outro lado, as Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) cresceram 19,67% no mesmo período. Foram mais 1,02 milhão de linhas móveis, totalizando 6,23 milhões de unidades no mesmo mês. A Nextel, que detém 55% (3,43 milhões) dos assinantes das PPPs, cresceu 16,51% em 12 meses. A Datora quase dobrou sua base de assinantes com um aumento de 84,55% (+192,58 mil assinantes). Por fim, a Porto Seguro teve sua base ampliada em 26,43% (+163,68 mil).

É evidente que a comparação entre as grandes prestadoras de serviço e as PPPs é discrepante. A base de clientes das PPPs tem 6,23 milhões de assinaturas. Só os números da Oi, o menor entre os grandes grupos de telefonia, são mais de seis vezes maiores que este contingente. Ainda que o crescimento das empresas menores tenha sido expressivo dentro dos 12 meses, no panorama geral, sua relevância é frágil.

E a agitação nesse mercado aumentará muito, principalmente depois de março do ano que vem. Isso graças às conversas sobre as licitações das faixas que transmitirão a conexão 5G — acredite se quiser, a coisa está saindo do papel. Uma das reviravoltas já foi lançada: um dos espectros da venda, o de 700MHz, não poderá ser adquirido por três das quatro maiores operadoras que atuam no Brasil: TIM, Claro e Vivo. A única que pode efetuar a compra é a Oi, que a recusou no leilão passado. Aguardamos ansiosos cenas dos próximos capítulos.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital