Em março de 2020, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) fará o leilão das frequências para a implementação de 5G no país. Nele, um dos espectros a venda, o de 700MHz, não poderá ser adquirido por três das quatro maiores operadoras que atuam no Brasil: TIM, Claro e Vivo não podem comprá-lo.
O que está por trás disso é a Resolução 703, aprovada pela Anatel em setembro de 2018. Ela estabelece que as interessadas não podem ser proprietárias de mais de 35% do espectro que vai até 1GHz. Essa fatia pode chegar a 40% se houver autorização da Anatel.
A Oi é a única que pode fazer a compra. Se ela não se interessar, apenas outra operadora, que atue no modelo virtual, pode entrar na disputa. A frequência já foi oferecida no leilão passado, mas a Oi não a comprou.
Considera-se pouco provável que uma nova operadora tenha interesse na frequência e, com isso, é possível que a Oi não precise de muito dinheiro para comprar a faixa. Esse espectro é destinado apenas à tecnologia 4G, mas pode ser um das indicados para receber a conexão 5G no futuro.
Como ocorreu a proibição?
A proibição se deu porque as operadoras já atingiram o limite que podem ocupar. A TIM, por exemplo, comprou pouco espectro nos leilões passados, mas tem uma grande fatia em Minas Gerais. A Claro ultrapassa os limites estabelecidos na capital paulistas e em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Rondônia, Acre e Distrito Federal. A Vivo chega próximo aos limites no Paraná, em Santa Catarina, na Bahia, em Sergipe, no Amazonas, no Pará, em Roraima, no Amapá e no Maranhão.
Via: Telesíntese