O aplicativo DeepNude chamou a atenção da internet quando a Motherboard divulgou sua existência. Logo depois, o criador do aplicativo retirou-o da web e disse que a probabilidade de ele ser utilizado de forma imprópria era “muito alta”. O software, que utiliza inteligência artificial para criar imagens falsas de mulheres nuas, foi recriado por outras pessoas e continua disponível online.
Segundo a Motherboard, o app estava à venda em um servidor Discord (agora removido) por US$ 20. Os vendedores anônimos ainda alegavam que estavam melhorando a estabilidade do software, que enfrentava falhas, e que haviam removido o recurso que adicionava marcas d’agua (supostamente usado para impedir que as imagens fossem utilizadas maliciosamente).
“Temos o prazer de anunciar que temos a versão completa e limpa do DeepNude V2. Crackeamos o software e estamos fazendo ajustes para melhorá-lo”, escreveu um dos vendedores no Discord.
Quem fez o upload de uma versão com código aberto do DeepNude para o GitHub (plataforma de hospedagem de código da Microsoft) alegou que estava incomodado com o fato de haver “censura ao conhecimento”.
O The Verge testou algumas das cópias disponíveis em fóruns, incluindo a versão livre de marca d’água. Depois, alertou que, como qualquer versão gratuita de software, esse inclui malware e, por isso, é preciso extrema cautela.
Desde o início, os usuários reclamam da qualidade das fotos. Embora as imagens sejam facilmente identificadas como falsas, isso não minimiza o impacto que alguns indivíduos podem sofrer se houver mau uso do app.
Deepnudes são uma triste parte da trajetória dessa tecnologia, já que permite que essas imagens sejam criadas muito facilmente]. Agora que o software foi descoberto, ele continuará em uso. Já houve algo parecido com as deepfakes em vídeos pornô e, mesmo que sites como Pornhub tenham dito que eles seriam removidos, ainda é possível ter fácil acesso a eles.
De acordo com o The Verge, especialistas continuarão a melhorar a qualidade e o acesso a deepfake. Os deepnudes são apenas a ponta do iceberg.
Fonte: The Verge