Uma pesquisa preliminar, apresentada na última sexta-feira (13) na American Heart Association aponta que o consumo regular de pimenta reduz chances de morte por hipertensão, câncer e atua prolongando a expectativa de vida em geral.

Conduzido pelo Dr. Bo Xu, cardiologista da Cleveland Clinic’s Heart, Vascular & Thoracic Institute, o estudo reuniu e revisou extensa bibliografia sobre os benefícios do consumo de pimenta em uma dieta balanceada. Ao todo, foram analisados os resultados de 4 729 pesquisas que contaram com mais de 570 mil participantes.

O resultado, por fim, apontou para boas recuperações quando o condimento é utilizado pelo paciente de maneira cotidiana. O risco de morte por doenças cardiovasculares caiu 26%, enquanto as chances do mesmo ocorrer por câncer caem em 23%. Além disso, há uma redução de 25% no risco de morte por motivos gerais.

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O consumo de pimenta pode reduzir em até 26% o risco de morte por diversas doenças. Foto: Fernando Espí/Pixabay 

“Ficamos surpresos ao descobrir que, nesses estudos publicados anteriormente, o consumo regular de pimenta-malagueta foi associado a uma redução geral do risco de todas as causas, [doenças cardiovasculares] e mortalidade por câncer”, afirmou o Dr. Bo Xu.

Já se era sabido, por estudos nutricionais, que a pimenta tem efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e reguladores da glicemia no organismo humano. No entanto, não existia uma definição sobre a atuação em testes empíricos, como os realizados pelo Dr. Bo Xu e seu time.

“As razões e mecanismos exatos que podem explicar nossas descobertas, entretanto, são atualmente desconhecidas. Portanto, é impossível afirmar de forma conclusiva que comer mais pimenta pode prolongar a vida e reduzir as mortes, principalmente por fatores cardiovasculares ou câncer. Mais pesquisas, especialmente evidências de estudos randomizados controlados, são necessárias para confirmar esses achados preliminares.”, completou o Dr. Bo Xu.

Após a apresentação, o estudo é encaminhado para revisões por outros pesquisadores e então deve ser publicado em revistas especializadas, caso seja aprovado pelos pares. 

Fonte: Futurism