Conheça o sensor que pode ser impresso na pele e eliminado com água quente

Projeto tem como objetivo ajudar médicos a monitorar sinais do paciente, como nível de oxigênio do sangue e frequência cardíaca
Luiz Nogueira12/10/2020 16h58, atualizada em 12/10/2020 17h20

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A criação da tecnologia vestível abriu diversas possibilidades em vários campos. Um dos mais recentes é a criação de sensores que são aplicados à pele, como tatuagens.

Desenvolvidos por cientistas da Penn State University, os sensores podem ser impressos diretamente na pele. Com isso, é possível rastrear temperatura corporal, nível de oxigênio no sangue, frequência cardíaca e até umidade do ar. Após o tempo de utilização, eles podem ser simplesmente eliminados com água quente.

“Pode ser reciclado, já que a remoção não danifica o dispositivo”, diz Huanyu Cheng, que liderou a pesquisa. “E, o mais importante, a remoção não danifica a pele também. Isso é especialmente importante para pessoas com pele sensível, como idosos e bebês. O dispositivo pode ser útil sem ser um fardo extra para a pessoa que o usa ou para o meio ambiente”.

Os sensores atuais são baseados em trabalhos desenvolvidos no passado pelos mesmos pesquisadores. Anteriormente, foi criada uma placa de circuito flexível usada em sensores vestíveis. No entanto, mesmo com os avanços, o que havia impedido a aplicação direta na pele foi o processo de ligação.

Isso porque os componentes metálicos permaneciam juntos se fossem mantidos a temperaturas que giram em torno de 300graus Celsius, o que seria intolerável para a pela humana. Felizmente, os pesquisadores encontraram uma forma de contornar o problema.

Esse obstáculo foi vencido graças à aplicação de uma camada auxiliar de sintetização – composta de álcool polivinílico combinada com carbonato de cálcio- , que atua como uma espécie de liga e faz com que os materiais fiquem unidos em temperaturas muito mais seguras.

Essa composição serve para alisar a superfície da pele e permitir que uma camada muito fina de padrões de metal seja impressa diretamente no topo à temperatura ambiente, que é então ajustada com um dispositivo de sopro de ar.

À medida que continua a melhorar seu dispositivo, a equipe de pesquisadores espera adaptar a tecnologia para ser usada como um sensor para monitorar os sintomas da Covid-19.

Via: NewAtlas

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital