De acordo com um estudo das Forças Armadas dos Estados Unidos, o fortalecimento da audição, da visão, do cerébro e dos músculos humanos será “tecnologicamente factível até 2050”. A instituição tem planos ambiciosos para transformar seus soldados em guerreiros ciborgues no futuro e acredita que a sociedade vai se acostumar com os desafios éticos, legais e sociais desta iniciativa. 

O Departamento de Defesa acabou de divulgar um relatório de outubro com detalhes dos seus planos de “fusão homem/máquina”. Nele, estão identificadas as quatro principais linhas de desenvolvimento das próximas décadas, com melhoria de visão e percepção periférica, audição e fortalecimento corporal. Para o último, o Exército avalia o uso de equipamentos com sensores de controle muscular.

De acordo com o relatório, todos os três itens “oferecerão o potencial de aumentar gradualmente o desempenho além da linha de base humana normal”. O que realmente chama a atenção, no entanto, é a quarta categoria: “aprimoramento neural direto do cérebro humano para transferência de dados bidirecional”. Em outras palavras, conectar as mentes dos soldados a computadores para que possam receber e transferir novas ordens militares instantaneamente, mas também consigam controlar veículos com a força do pensamento.

As conseqüências previstas no relatório são preocupantes: “a introdução de seres humanos reforçados na população em geral, o quadro ativo do Departamento de Defesa e os esforços dos concorrentes diretos vão acelerar nos anos posteriores a 2050. Isso levará a desequilíbrios, desigualdades e iniquidades nas estruturas legais, éticas e de segurança.”

Fonte: Army Times