A marinha chinesa equipou navios de guerra com geradores de até 20 megawatts para alimentar armas de grande energia, como lasers e canhões eletromagnéticos. As informações foram divulgadas pela mídia estatal do país, segundo relata o site The South China Morning Post.

Os novos equipamentos prometem quadruplicar a capacidade energética e viabilizar a propulsão elétrica completa das embarcações. Em comparação com sistemas a diesel, a propulsão elétrica garante economia de combustível e aprimora o tempo de resposta do navio.

A integração do recurso com armas de alta energia também deve aumentar a capacidade de combate dos barcos militares. De acordo com a mídia estatal, a China já desenvolve um novo canhão eletromagnético que pode tirar proveito dos novos geradores.

Em publicação na rede social chinesa WeChat, o conglomerado de engenharia naval China State Shipbuilding Corporation afirmou que o desenvolvimento da tecnologia foi concluído em 2018 e que os dispositivos foram instalados “recentemente”.

A organização não revelou quais embarcações receberam os geradores. Porém, segundo o The South China Morning Post,  que eles foram destinados aos destroyers (contratorpedeiro) mais modernos da marinha chinesa, como o navio de destruição de mísseis guiados Type 055.

Com três ou quatro dos novos geradores instalados, o Type 055 será capaz de alcançar velocidades superiores a 30 nós, ou 55,6 km/h, afirmou um tabloide estatal Global Times, em reportagem publicada nesta quarta-feira (29).

Em outros países

A China não é o primeiro país a apostar na propulsão elétrica de embarcações militares. Os navios Zumwalt da marinha dos Estados Unidos, por exemplo, são totalmente movidos à eletricidade com ajuda de dois geradores de 36MW. Já os destroyers britânicos Type 45 apresentam um sistema híbrido equipado com dois geradores de 21.5MW e outros dois sistemas a diesel.

Também não há novidades em relação a armas. No ano passado, a marinha norte-americana anunciou planos para equipar um de seus navios destroyer com um sistema a laser fabricado pela empresa Lockheed Martin. Em abril de 2020, o país fez testes com outra arma de energia direcionada a bordo de uma embarcação. O Reino Unido, por sua vez, desenvolve um laser de 50 kW, chamado Dragonfire Laser Directed Energy Weapon.

Fonte: South China Morning Post