Casa impressa em 3D fica pronta em 48 horas e pode durar até 100 anos

Segundo CEO da construtora, se produzida em série a Prvok poderá custar 50% menos que uma casa tradicional e gerar 20% menos emissões de carbono em sua construção
Rafael Rigues15/07/2020 12h29, atualizada em 15/07/2020 12h46

20200715094019

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O escultor Michal Trpak e a construtora Burinka, ambos da República Tcheca, projetaram e irão construir uma casa que será impressa em 3D e ficará pronta em apenas 48 horas. Além da agilidade na construção, a habitação se destaca pela durabilidade estimada em até 100 anos, redução nos custos de construção, menor emissão de carbono e pelo uso de tecnologias sustentáveis.

A casa, batizada de Prvok (Elemento, em Tcheco), terá 43 metros quadrados e três cômodos: banheiro, sala de estar com cozinha integrada e um quarto, e foi projetada para abrigar duas pessoas. Depois de pronta, ela será ancorada a um píer, e poderá flutuar em um rio ou lago.

Segundo Libor Vosicky, CEO da Burinka, “comparada às casas tradicionais, a impressão 3D gera 20% menos emissões de carbono. São necessários 25 trabalhadores para imprimir uma casa, 40 a menos que nos métodos tradicionais. Os custos na produção em série podem ser até a metade de uma casa convencional. E a auto-suficiência gera ainda mais economia”.

A Prvok será equipada com tecnologias como recuperação de água, um chuveiro recirculante (que captura e reusa a água do banho), um telhado verde, automação e reservatórios separados para água potável, para uso geral e esgoto. Trpak afirma que ela foi projetada para durar um século em qualquer ambiente, e que “no futuro, quando ela tiver esgotado sua vida útil, os proprietários poderão esmagar o concreto e reusar o mesmo material para imprimir uma nova casa no mesmo local”.

Um robô industrial modificado, chamado Scoolpt, será usado na impressão, usando como material uma mistura de concreto e nano-fibras de polipropileno, desenvolvida pela BASF. Em 24 horas o material seca e adquire a resistência do concreto usado nas fundações de uma casa, e após a cura final, em 28 dias, é tão resistente quanto o material usado em pontes.

Fonte: Burinka

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital