Câmera ultrarrápida filma a luz se movendo em 3D

Foi preciso um equipamento capaz de capturar vídeos de até 100 bilhões de quadros por segundo
Redação16/10/2020 19h01, atualizada em 16/10/2020 19h32

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Cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) descobriram como gravar vídeos de luzes se movendo em três dimensões. Para tal feito surpreendente, foi preciso uma câmera de especificações robustas desenvolvida por Lihong Wang, professor de Engenharia Elétrica e Médica do próprio Caltech.

O equipamento desenvolvido por Wang é capaz de gravar vídeos de até 100 bilhões de quadros por segundo. A título de comparação, um smartphone intermediário só chega a vídeos de 60 quadros por segundo.

GIF do vídeo tridimensional que mostra um pulso de luz de laser passando por um meio de dispersão e ricocheteando em superfícies reflexivas. Imagem: Caltech

A nova câmera de Wang, que gera imagens batizadas prolixamente de “fotografias ultrarrápidas compactadas estéreo-polarimétricas de disparo único” (SP-CUP, na sigla em inglês), foi desenvolvida com base em ciclos experimentais anteriores que eram capazes de disparar em taxas ainda mais rápidas de até 70 trilhões de quadros por segundo.

A grande sacada da nova câmera da Caltech é que o dispositivo pode enxergar o mundo de uma forma próxima aos olhos humanos. Assim como nós, que precisamos de dois olhos para perceber a profundidade do ambiente que nos circunda, o equipamento utiliza o mesmo truque estereoscópico. “A câmera é estérea agora”, disse Wang em um comunicado. “Temos uma lente, mas ela funciona como duas metades que fornecem duas visualizações com um deslocamento. Dois canais imitam nossos olhos”, explicou.

Além disso, graças à capacidade da câmera de detectar a polarização da luz, Wang espera que o dispositivo possa esclarecer o que ele chama de um dos “maiores mistérios da física”, que é a sonoluminescência, ou seja, como as ondas sonoras criam pequenas bolhas dentro dos líquidos, liberando luz quando estouram. “O processo que faz isso acontecer é muito misterioso porque tudo acontece muito rápido, e estamos nos perguntando se nossa câmera pode nos ajudar a descobrir isso”, contou o professor.

Via: Futurism

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital