Brasileiro é finalista em concurso internacional de nanoarte

Conceito mistura arte e nanotecnologia com o objetivo de evidenciar a beleza de elementos químicos
Luiz Nogueira16/11/2020 11h56, atualizada em 16/11/2020 12h10

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O conceito de nanoarte é bastante interessante, pois combina a nanotecnologia e ciência com arte. Imagens observadas em laboratório são um dos principais elementos dessa expressão artística – que tem como objetivo revelar a beleza de formas até então invisíveis ao olho humano.

Há até um concurso voltado para evidenciar esse tipo de arte – e que tem um brasileiro como um dos finalistas. Batizada de NanoArtography 2020, a votação, que é promovida pelo Instituto A. J. Nanomaterials da Universidade Drexel, dos Estados Unidos, conta com três imagens produzidas por Ricardo Tranquilin, pesquisador do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).

Tranquilin foi o responsável por criar as imagens “Big Ones Little Ones”, “Star Fruit” e “Perfect Balance”, que são, respectivamente, representações do tungstato de zinco, trióxido de tungstênio e óxido de manganês com sódio, níquel e magnésio. Todas as obras foram registradas com a ajuda de uma técnica chamada microscopia eletrônica e passaram por um processo de colorização.

Reprodução

Imagem é composta por observação de tungstato de zinco. Foto: Ricardo Tranquilin

Para selecionar o vencedor do concurso, os organizadores criaram uma votação por meio de sua página oficial do Facebook. Até a última sexta-feira (13), era possível votar na captura favorita. Em uma postagem feita após o encerramento do período, a equipe da premiação informa que vai validar os votos recebidos por cada candidato antes de anunciar o ganhador.

Processo de criação

Tranquilin reconhece que, como são imagens de cunho científico, as pessoas ficam curiosas com o resultado. Isso faz com que elas se interessem em saber qual composto químico foi o responsável por originar a obra que observam – além de questionarem a aplicação do que foi usado.

Reprodução

Trióxido de tungstênio. Foto: Ricardo Tranquilin

Outro ponto que ele destaca é o tempo para que cada uma das artes fique pronta. “Quanto mais detalhes a imagem possui, mais tempo passamos para colorir. Às vezes algumas horas são suficientes. Mas em outros casos é necessário mais de um dia”, afirma.

Ele também cita a importância desse tipo de premiação para o Brasil, principalmente no intuito de divulgar as pesquisas realizadas por aqui. “Os prêmios são o reconhecimento de que estamos no caminho certo. Com a divulgação através dessas imagens, podemos chamar a atenção para os diferentes caminhos da ciência, apresentando os centros de pesquisa para um público que está fora das universidades”, finaliza.

Via: Uol

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital