Boston proíbe uso de reconhecimento facial por órgãos públicos

No entanto, tecnologia poderá ser usada por funcionários para fins de autenticação, bem como por autoridades na edição automática de rostos em imagens
Fabiana Rolfini25/06/2020 13h57, atualizada em 25/06/2020 14h05

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Nos Estados Unidos, usar reconhecimento facial por parte de órgãos públicos é algo que tem sido alvo de duras críticas por parte de ativistas, políticos e cidadãos. Agora, Boston se une à cidades como São Francisco, Oakland, Califórnia e Massachusetts para proibir órgãos governamentais de usarem tal tecnologia em câmeras públicas.

O decreto foi aprovado por unanimidade e impedirá a capital de usar reconhecimento facial ou obter software para fazer vigilância usando a tecnologia. “Boston não deve usar tecnologia racialmente discriminatória e que ameaça nossos direitos básicos”, disse Michelle Wu, vereadora da cidade, em audiência realizada na quarta-feira (24).

No entanto, foram impostas algumas exceções, tais como permitir que funcionários usem o reconhecimento facial para fins de autenticação, como desbloquear seus próprios dispositivos. Autoridades da cidade também podem usar a tecnologia para editar automaticamente rostos em imagens. Mas eles não podem usá-la para identificar pessoas.

Reprodução

Boston proíbe uso de reconhecimento facial para uso municipal. StockSnap/Pixabay

A decisão do vereador Ricardo Arroyo faz de Boston a maior cidade da Costa Leste a proibir o reconhecimento facial.

“Boston acabou de se tornar a mais recente cidade importante a parar o uso dessa extraordinária e tóxica tecnologia de vigilância. Todas as outras cidades devem seguir o exemplo”, afirmou Evan Greer, vice-diretor do grupo de direitos digitais Fight for the Future.

Via: CNet

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital