A Boeing informou na última segunda-feira (16) que planeja suspender a produção de seus aviões 737 Max no mês de janeiro. A decisão foi tomada após a Administração Federal de Aviação dizer que o modelo continuaria proibido de voar no próximo ano. A proibição entrou em curso depois que dois acidentes com o modelo vitimaram 346 pessoas.
A medida deve repercutir não apenas para a Boeing, mas em uma economia mais ampla. Companhias aéreas, por exemplo, perderam centenas de milhões de dólares e cancelaram milhares de voos, já que não podem contar com parte das suas frotas.
A empresa afirmou que não vai demitir ou dispensar os funcionários da fábrica onde o 737 Max é produzido. Parte dos 12 mil funcionários deve ser temporariamente realocada. Não ficou claro até quando a linha de produção ficará parada, mas tudo deve depender de quando os órgãos reguladores vão liberar o avião para voar novamente.
“A FAA e as autoridades reguladoras globais determinam o cronograma para a certificação e o retorno ao serviço. Continuamos totalmente comprometidos em apoiar esse processo. É nosso dever garantir que todos os requisitos sejam cumpridos e que todas as perguntas de nossos reguladores sejam respondidas”, afirmou a Boeing em comunicado.
A empresa já havia avisado os investidores que poderia cortar ou suspender a produção se a proibição durasse mais do que esperado. Em abril, houve uma redução de 20% depois que foi ordenado que as companhias aéreas parassem de utilizar o 737 Max.
Quase 400 aeronaves do modelo estavam espalhadas pelas frotas globais quando a proibição de voo foi definida. Desde então, outras 400 foram fabricadas e estão estacionadas a espera da solução. As ações da Boeing caíram mais de 4% durante os 10 meses que se passaram. A Spirit AeroSystems, que fabrica a fuselagem, também viu uma queda no seu valor de mercado.
Via: CNBC