Nesta sexta-feira (18), no Porto de Haifa, em Israel, representantes da empresa Elbit apresentaram para alguns convidados suas novas soluções de segurança marítima: barcos-drone autônomos.
Esses barcos são feitos de alumínio e têm apenas 12 metros de comprimento. Eles também têm um pequeno compartimento de passageiros – mesmo que não carregue nenhum, já que ele é um barco autônomo. Além disso, as embarcações contam com uma espécie de guindaste com um cabo de metal com vários usos possíveis.
Da mesma forma que muitas embarcações similares, esse barco, chamado Gaivota, pode servir como barco patrulha, barco torpedo, navio anti-submarino ou, seu uso mais comum, detector de minas aquáticas.
A maior parte do compartimento de passageiros é dedicada aos computadores responsáveis pelas operações da embarcação. A sala de controle é significativamente maior que a de embarcações similares, assim como sua infraestrutura de controle climático para preservar a temperatura na qual os computadores operam.
Além disso, quase todas as partes mecânicas e elétricas deste barco – fusíveis, geradores, baterias e alternadores – vêm em pares. A razão para isso é que o barco deve operar sem pessoas a bordo. Caso um componente falhe, continuará operando sem a necessidade de substituição.
Os barcos-drone destinam-se principalmente a identificar minas usando um dispositivo de sonar que fica abaixo da superfície da água. Depois que uma mina é identificada, o dispositivo abaixa um veículo operado remotamente para o fundo do mar através do cabo de aço conectado à embarcação. A câmera do veículo identifica a minha e a marca. Se for tomada a decisão de destruí-la, uma carga é colocada próxima à ameaça e detonada.
A maneira como os “drones do mar” lidam com as minas lembra o funcionamento de um aspirador de pó robótico. Seu operador define os parâmetros para as áreas em que irá trabalhar, os pontos em que abaixará o sonar e o ponto em que a missão vai terminar.
O barco da Elbit transportará 3.500 litros de combustível em quatro tanques, permitindo que ele trabalhe por quatro dias sem qualquer intervenção humana. A embarcação também pode ser controlada remotamente de qualquer lugar.
A ideia da empresa é expandir a frota marítima de proteção de Israel para combater a ameaça de submarinos vindos de outros lugares, como Coreia do Norte, China e Estados Unidos.
O aspecto mais atraente desses barcos acaba sendo seu preço. Enquanto um sistema para caçar minas tripulado chega a custar US$ 200 milhões, um navio autônomo semelhante custa entre U$S 12 milhões e US$ 25 milhões.
Além de evitar a necessidade de um espaço para uma tripulação, um barco autônomo exige menos investimentos em defesas físicas ou eletrônicas, já que, devido a sua composição, a embarcação é mais difícil de detectar. A empresa acredita que, dentro de 18 meses após o recebimento de um pedido, poderá apresentar ao cliente um sistema composto por dois barcos e uma estação de controle.
Via: Haaretz