Aprender ‘baleies’ pode evitar choque de navios com animal

Durante época de migração das grandes baleias-azuis, o risco de encontros destrutivos com navios é bastante alto
Redação05/10/2020 16h27, atualizada em 05/10/2020 16h58

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Durante a época de migração das baleias-azuis, há grandes riscos dos animais cruzarem a rota de navios. Isso pode gerar um choque destrutivo tanto para a embarcação quanto para as baleias. Pensando nisso, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Stanford encontrou uma solução um tanto quanto inusitada e digna de um filme de animação: aprender “baleies”.

Em publicação na revista Current Biology, a equipe afirma que há uma mudança no canto dos animais pouco antes do início da migração anual para o sul, quando viajam do nordeste do oceano pacífico para a costa da América Central, durante o outono do hemisfério norte. Com isso, os pesquisadores afirmam que, ao entender essa mudança, é possível alertar os operadores na área.

“Há um sinal quase em tempo real do que esses animais estão fazendo em um habitat que é historicamente muito difícil de observar”, afirmou William Oestreich, coautor da pesquisa e biólogo da universidade. Com isso, ter um aviso prévio seria uma boa forma para evitar as colisões e proteger as baleias e os navios.

ReproduçãoDecifrar canto dos animais pode salvar as baleias e as embarcações. Foto: Chase Dekker/Shutterstock

“Essa poderia ser uma peça do quebra-cabeça para gerenciar mais dinamicamente esses habitats e as rotas de navegação de uma forma que permita a continuidade das viagens, mas também de uma forma seguira para essas populações de baleias”, finalizou Oestreich.

Robô ajuda a desvendar hábitos de baleia ameaçada

Um novo estudo publicado na revista Endangered Species Research indica que robôs subaquáticos podem ser uma importante ferramenta para a preservação de uma espécie de baleia ameaçada de extinção. A pesquisa monitorou a subpopulação de cachalotes em três regiões do Mar Mediterrâneo e identificou os hábitos e as estratégias de caça desses mamíferos nos diferentes locais.

O equipamento conta com sistemas acústicos capazes de detectar sinais emitidos pelas baleias cachalotes. No topo do crânio dos animais há um órgão preenchido com uma cera chamada de espermacete. Diferente do que o nome pode sugerir, a substância não está associada à reprodução das baleias. Ela serve para auxiliar as baleias a emitir ondas ultrassônicas capazes de apontar a posição e distância de objetos no meio ambiente.

Via: Futurism

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital