Apple inclui Macs em programa de consertos em assistências independentes

Até então, assistências técnicas sem ligação direta com a empresa só podiam consertar iPhones
Bruno Felix18/08/2020 00h24, atualizada em 18/08/2020 10h00

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A Apple anunciou nesta segunda-feira (17) a ampliação do programa de reparos independentes, permitindo assim que assistências técnicas sem ligação direta com a empresa possam realizar consertos em Macs utilizando peças originais. Até o momento, as assistências independentes só podiam efetuar serviços deste tipo em iPhones.

Lançado em agosto de 2019, o programa dá às lojas a possibilidade de receber treinamentos gratuitos e adquirir componentes originais da Apple para serviços técnicos na linha de computadores pessoais da empresa, ainda que sob um contrato considerado “restritivo”. Anteriormente, apenas Centros de Serviço Autorizado (ASP, do inglês Authorized Service Providers) podiam comprar peças.

“Quando um dispositivo precisa de reparos, nós queremos que as pessoas tenham acesso a soluções seguras e confiáveis”, disse Jeff Williams, chief operating officer da Apple, à agência Reuters. “Estamos ansiosos para trazer essa experiência de reparos conveniente e digna de confiança para nossos usuários de Mac”, completou. Não ficou claro, no entanto, quais tipos de reparos as lojas poderão realizar, ou quais tipos de peças elas poderão comprar.

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Macs passam a integrar programa de serviços e reparos independentes da Apple. Crédito: Patrick Ward/Unsplash

Recentemente, o programa foi expandido para mais 32 países na Europa, além do Canadá. No momento, 140 empresas com atuação em mais de 700 localidades já se inscreveram para participar. E apesar da investida na ampliação na modalidade “independente”, a Apple afirma que também continua a expansão do programa de Centros de Serviço Autorizado, que já conta com cinco mil unidades ao redor do mundo. Somente nos Estados Unidos, o número de estabelecimentos triplicou no último ano.

É até estranho ver movimentações da Apple no sentido de ampliar as possibilidades de serviços em seus aparelhos, dado que a empresa sempre se mostrou restritiva neste quesito, inclusive tomando ações judiciais contra a legislação de ‘right-to-repair’ americana, que prevê ao consumidor o direito de reparar ou modificar seus próprios equipamentos eletrônicos. Ainda que hajam programas como estes, alguns reparos continuam sendo limitados a lojas oficiais da empresa.

Fonte: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Bruno Felix é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital