Aos poucos, Huawei volta a negociar com fornecedores

Sony e Omnivision, que fabricam os sensores das câmeras das linhas Mate e P da marca chinesa, conseguiram junto ao governo do EUA uma autorização para manter seus contratos
Renato Mota30/10/2020 20h50

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As coisas estão melhorando aos poucos para a Huawei. Principal alvo do governo dos Estados Unidos, em sua guerra comercial com a China, a empresa viu boa parte de seus fornecedores serem proibidos de negociar com a companhia por pressão dos norte-americanos. Mas agora, mais e mais empresas estão conseguindo aprovação para manterem seus contratos.

Nesta semana, a Sony e a Omnivision receberam licenças para fornecer componentes para a Huawei. Líderes mundiais no fornecimento de sensores de imagem para câmeras digitais, as empresas foram liberadas pelos EUA para enviar produtos para a Huawei Technologies.

Essa é uma ótima notícia para a fabricante chinesa, já que boa parte do marketing dos seus aparelhos das séries Mate e P dependem das suas câmeras de última geração. A Sony lidera o mercado de sensores, enquanto a Omnivision – que embora tenha sua sede na Califórnia, foi adquirida por um fundo chinês em 2014 – só fica atrás da Samsung.

Divulgação/Huawei

Linha Huawei Mate 40. Imagem: Divulgação/Huawei

A aprovação também é um alívio para os fornecedores. Desde que o governo dos EUA impôs novas sanções à companhia chinesa, a Sony viu surgir uma lacuna de bilhões de dólares nas vendas do fornecimento de sensores de imagem. Isso forçou os japoneses a cortar seu plano de gastos de capital por três anos.

Intel, AMD e Samsung Display também receberam aprovação norte-americana para continuar fazendo negócios com a Huawei. Os acordos garantem o suprimento de chipsets para laptops e painéis OLED para smartphones. Até agora, a fabricante estava com a compatriota BOE como único fornecedor de telas.

Outras 300 empresas solicitaram uma licença especial do governo dos EUA para continuar fazendo negócios com a Huawei, incluindo Samsung Electronics e SK Hynix. Os norte-americanos, porém, estão restringindo as autorizações a contratos que não sejam relacionados a telecomunicações 5G.

Via: Android Authority/Gizmochina

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital