Android terá recurso que o iPhone só conseguia através de hardware

Uma atualização na linha Pixel, do Google, revelou que os smartphones modelo Pixel 4 terão uma ferramenta muito parecida com o 3D Touch, da Apple
Renato Mota03/03/2020 18h38

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O Google conseguiu reproduzir, com software, uma tecnologia que a Apple disponibilizou nos iPhones através de hardware. Em seu anúncio de atualizações para a linha Pixel, a empresa apresentou uma melhoria ao recurso de “pressionar longamente”, que adiciona também a opção de “pressionar a tela com mais força” para ter acesso a atalhos rápidos no smartphone.

O “3D Touch” foi uma tecnologia que a Apple introduziu nos iPhone 6S, e que identificava a pressão gerada sobre a tela sensível ao toque – tocando com mais força, outras opções surgiam para o usuário. Para cortar custos, a empresa “matou” o recurso a partir do iPhone 11, trocando pelo “haptic touch”, um toque tátil semelhante à função de pressionar longamente nos Android.

Mas na lista de melhorias que virão para o Pixel 4 nas próximas semanas, o Google anunciou que, “além da pressão longa, agora você pode pressionar com firmeza para obter mais ajuda dos seus aplicativos mais rapidamente”. O colunista do site The Verge, Dieter Bohn, entrou em contato com a empresa, que explicou melhor como funcionará o recurso.

“No momento, o ‘long press’ funciona em um conjunto selecionado de aplicativos e interfaces de usuário do sistema, como o ‘Iniciador de aplicativos’, ‘Fotos’ e ‘Drive’. Esta atualização acelera função para abrir opções mais rapidamente. Também planejamos expandir seus aplicativos para mais aplicativos proprietários em um futuro próximo”, afirmou o comunicado.

Em resumo, o novo recurso permite que você pressione com mais força para abrir os menus que abriam quando você pressionava longamente, mais rapidamente. Para fazer isso, os desenvolvedores do Android usaram algoritmos de aprendizado de máquina para detectar uma pressão firme, assim adicionando ao Pixel um recurso que a Apple só conseguiu usando hardware.

Milhares de tamanhos e formas de dedos tiveram que ser modelados para que isso funcione. Quando se dá um toque leve na tela, apenas o topo da ponta do dedo faz contato com a superfície. Quando se toca com força, a pele da ponta do dedo se espalha mais – e o sistema tem que entender a diferença.

Como a atualização ainda vai chegar para os Pixel 4, não se sabe o quanto o novo toque é sensível – ou se será tanto quanto era o 3D Touch no iPhone. Também não sabemos ainda se ele utilizará outros recursos do aparelho, como o acelerômetro.

Via: The Verge

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital