Quase cinco meses depois do surgimento dos primeiros casos do novo coronavírus, Wuhan – a cidade chinesa onde tudo começou – não possui mais pacientes internados e relatou apenas três novos casos e nenhuma nova morte no último domingo (26).
A China, que registrou mais de 82 mil casos e um total de 4.633 mortes, começa agora a reabrir gradualmente após meses de paralisia, mas ainda sob o temor de uma segunda onda de infecções.
Dois dos três novos casos em Wuhan foram importados, enquanto o terceiro foi transmitido localmente na província de Heilongjiang, que sofreu um aumento nos casos quando cidadãos chineses voltaram da Rússia.
Pequim anunciou novos regulamentos para “promover o comportamento civilizado”, que incluem exigir que os moradores cubram a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, não comer em transporte público e usar uma máscara em público quando estiver doente.
Na segunda-feira (28), quase 50 mil estudantes do ensino médio voltaram às aulas na capital da China. Enquanto outras cidades e províncias anunciaram várias datas para a reabertura de escolas. Em Shenzhen, que ainda abriga 461 pessoas com a Covid-19, autoridades portuárias disseram que qualquer pessoa que entre na cidade por um de seus portos deve passar por quarentena.
Ao mesmo tempo em que o país encontra brechas para deixar aos poucos suas políticas de isolamento social, suas relações com países que ainda sofrem com a pandemia vêm se deteriorando.
No fim de semana, o embaixador da China na Austrália disse que a busca do país por uma consulta independente sobre as origens do vírus poderia resultar em retaliações comerciais, enquanto um memorando do Partido Republicano dos EUA pediu aos candidatos que visem a China em comentários públicos sobre pandemia.
Em resposta, Hu Zhaoming, ex-embaixador e porta-voz do Partido Comunista Chinês, pediu que “algumas pessoas” nos EUA engolissem desinfetantes, zombando da recente sugestão amplamente ridicularizada de Donald Trump de que as pessoas injetam desinfetantes para combater o vírus.
Via: The Guardian