Wuhan zera internações por Covid-19 e China se prepara para reabrir

Estudantes do Ensino Médio de Pequim já começaram a voltar às escolas, enquanto o país anunciou novos regulamentos para prevenir uma segunda onda de infecção
Renato Mota28/04/2020 16h17

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Quase cinco meses depois do surgimento dos primeiros casos do novo coronavírus, Wuhana cidade chinesa onde tudo começou – não possui mais pacientes internados e relatou apenas três novos casos e nenhuma nova morte no último domingo (26).

A China, que registrou mais de 82 mil casos e um total de 4.633 mortes, começa agora a reabrir gradualmente após meses de paralisia, mas ainda sob o temor de uma segunda onda de infecções.

Dois dos três novos casos em Wuhan foram importados, enquanto o terceiro foi transmitido localmente na província de Heilongjiang, que sofreu um aumento nos casos quando cidadãos chineses voltaram da Rússia.

Pequim anunciou novos regulamentos para “promover o comportamento civilizado”, que incluem exigir que os moradores cubram a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, não comer em transporte público e usar uma máscara em público quando estiver doente.

Na segunda-feira (28), quase 50 mil estudantes do ensino médio voltaram às aulas na capital da China. Enquanto outras cidades e províncias anunciaram várias datas para a reabertura de escolas. Em Shenzhen, que ainda abriga 461 pessoas com a Covid-19, autoridades portuárias disseram que qualquer pessoa que entre na cidade por um de seus portos deve passar por quarentena.

Ao mesmo tempo em que o país encontra brechas para deixar aos poucos suas políticas de isolamento social, suas relações com países que ainda sofrem com a pandemia vêm se deteriorando.

No fim de semana, o embaixador da China na Austrália disse que a busca do país por uma consulta independente sobre as origens do vírus poderia resultar em retaliações comerciais, enquanto um memorando do Partido Republicano dos EUA pediu aos candidatos que visem a China em comentários públicos sobre pandemia.

Em resposta, Hu Zhaoming, ex-embaixador e porta-voz do Partido Comunista Chinês, pediu que “algumas pessoas” nos EUA engolissem desinfetantes, zombando da recente sugestão amplamente ridicularizada de Donald Trump de que as pessoas injetam desinfetantes para combater o vírus.

Via: The Guardian

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital