O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou nesta quinta-feira (19), que foram excluídas mais de 1.000 contas do WhatsApp durante o período eleitoral por disparos em massa de mensagens, o que viola os termos de serviço da plataforma.

Entre 27 de setembro e 15 de novembro, foram 4.759 denúncias realizadas pelo canal oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que formalizou uma parceria com o aplicativo. Uma parte das denúncias foram descartadas por não estarem ligadas diretamente às eleições, no entanto.

O restante delas, 4.630, foi encaminhado para o WhatsApp para análise, com 3.236 contas consideradas válidas e 1.004 irregulares, que foram banidas. O aplicativo, no entanto, diz que seus sistemas já haviam banido 63% delas previamente, antes de serem reportadas pelo TSE, graças às ferramentas de proteção e integridade do app.

Enquanto o segundo turno se desenrola em várias das principais cidades do Brasil, o TSE segue orientando cidadãos a denunciarem conteúdo abusivo que circula pelo WhatsApp. “O disparo em massa é uma prática proibida e passível de punição durante as eleições”, defende Aline Osorio, secretária-geral da presidência do TSE.

Para realizar uma denúncia, é necessário acessar à página do TSE, que conta com um formulário para coletar as informações sobre a mensagem e o remetente, incluindo o número telefônico, permitindo a análise da situação.

Como o WhatsApp conta com criptografia de ponta a ponta, o app depende de métodos indiretos de moderação da plataforma, como a denúncia de usuários e a análise de metadados para detectar comportamento suspeitos. A empresa, em tese, não pode ler o conteúdo que está sendo compartilhado de outra forma.