Virgin Galactic mostra traje para turistas espaciais

Desenvolvidas pela Under Armour, roupas serão usadas em vôos suborbitais que começarão a operar a partir de 2020
Rafael Rigues16/10/2019 15h46

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A Virgin Galactic apresentou nesta quarta-feira os trajes que seus ‘turistas espaciais’ usarão nos vôos suborbitais em sua espaçonave VSS Unity, que deve começar a operar comercialmente em 2020.

Ao contrário dos trajes usados por astronautas em caminhadas fora da ISS ou na superfície da Lua, os trajes da Virgin Galactic são muito mais compactos, já que não é necessário o uso de um sistema de suporte de vida e pressurização para manter o ocupante vivo. Na prática, eles se parecem muito com os macacões que os pilotos de aeronaves militares usam hoje em dia.

Desenvolvidos pela Under Armour, empresa com experiência em trajes esportivos, os modelos da Virgin Galactic foram projetados para deixar a transpiração evaporar, mas ainda assim manter a temperatura do corpo do usuário. O conforto foi uma prioridade, para evitar que a experiência de um vôo suborbital seja arruinada por um traje quente demais, que coça ou aperta.

Reprodução

‘Creio que todas as pessoas que forem ao espaço ficarão maravilhadas com ele”, disse Richard Branson, fundador e chairman da Virgin Galactic. ‘Eu acredito que toda a experiência de ir ao espaço deve ser sexy. Nossas espaçonaves são sexy, nossas naves-mãe são sexy, nosso espaçoporto é sexy. E para pessoas mais jovens do que eu, nosso traje também é sexy’.

A Under Armour trabalhou no projeto dos trajes, que são compostos por roupa de baixo, macacão e botas, durante um ano e meio. O primeiro a ficar pronto, feito sob medida para Branson, levou 10 dias para ser costurado. Segundo a empresa, tecnologias e materiais desenvolvidos para o projeto, como o solado das botas, serão usadas em breve em materiais esportivos como chuteiras para jogadores de futebol.

Cada voo suborbital da Virgin Galactic terá duração de 90 minutos, o que inclui cinco minutos em gravidade zero. Uma passagem custará US$ 250 mil, e o passageiro poderá levar seu traje para casa.

Fonte: NY Times

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital