Vídeo mostra como são feitas as baterias dos smartphones

Processo é detalhado passo-a-passo, da produção das células à embalagem final, em um vídeo do canal Strange Parts no YouTube
Rafael Rigues13/01/2020 18h21

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Esta é sua chance de descobrir, em detalhes, como as baterias de um smartphone são feitas. Scotty Allen, engenheiro e youtuber do canal Strange Parts, visitou a fábrica da Pisen e mostra todo o processo do começo ao fim. A empresa, sediada em Shenzen, produz baterias para vários aparelhos, entre eles iPhones.

Tudo começa em outra fábrica de um fornecedor da Pisen em Dongguan, que produz as células, ou seja, os elementos que realmente armazenam energia. O primeiro passo é a mistura de dois tipos de “pasta”, um composto por Óxido de Ĺítio e Cobalto, que será usado no lado positivo da bateria (catodo) e outra feita com grafite, que será o lado negativo (ânodo).

As pastas são aplicadas em uma fina camada sobre longas folhas de alumínio (para o cátodo) e cobre (para o ânodo) que são “cozidas” em um forno industrial e depois prensadas para garantir a espessura exata e cortadas no tamanho correto para uma bateria.

As folhas entram em uma máquina que combina as duas camadas, com um isolante entre elas, e as enrola em um “sanduíche” que será a célula. Abas metálicas (uma para cada polo da bateria) são inseridas e um eletrólito, substância que permite a movimentação dos elétrons entre os polos, é injetado na célula.

As células terminadas são armazenadas por 24 horas em uma sala com temperatura controlada, antes de receber uma carga de 50% da capacidade ao longo de 2 horas. Além de carregar, a máquina também prensa as células, para evitar que elas se deformem durante a carga inicial.

Antes que sejam enviadas à Piseng, as células são carregadas até 100% da capacidade, descarregadas até zero e novamente carregadas até 50%, para que sua real capacidade seja determinada. Depois, são armazenadas por três dias numa sala com alta temperatura, mais dois dias em uma sala a temperatura ambiente, e depois testadas novamente, para comprovar sua estabilidade.

As células prontas são enviadas à fábrica da Pisen, que faz a impressão do rótulo e solda o circuito de controle da batria (BMS, Battery Management System) à célula. Um ponto curioso neste momento é a presença de longas pinças e um balde de areia próximos à máquina, para que caso uma bateria pegue fogo durante o processo (algo que acontece “de 2 a 3 vezes por dia”, segundo o gerente da fábrica) as chamas possam ser controladas.

As baterias completadas são armazenadas por 72 horas e testadas novamente antes de serem enviadas à última etapa da linha de montagem, a embalagem.

Mais conhecido por ter montado seu próprio iPhone do zero, e colocado uma saída de fone de ouvido em um iPhone 7, Scotty é já apresentou em seus vídeos outras partes do complexo industrial chinês, como uma fábrica de placas de circuito e uma que produz máquinas de Pinball.

Fonte: YouTube

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital