Os humanos frequentemente utilizam a tecnologia para ajudar no funcionamento de partes do corpo que não atuam mais da maneira que deveriam. Os óculos são o exemplo mais comum disso. No futuro, porém, poderá ser possível utilizar neurônios artificiais para reparar alguma lesão cerebral.
Uma equipe internacional de pesquisadores desenvolveu um novo método de comunicação entre neurônios reais e artificiais utilizando a luz. A técnica, chamada optogenética, fornece maior controle do direcionamento do que o observado na tradicional comunicação baseada em eletricidade.
Para o experimento ser concluído, foi necessária uma mudança nos neurônios biológicos para que produzissem proteínas sensíveis à luz. Visando uma área de 0,8 por 0,8 milímetros dentro de uma rede maior, a equipe fez com que os neurônios reais respondessem através de mudanças em seu próprio ritmo e de toda a rede.
Neurônios reagindo à luz/Foto: Universidade de Tóquio
“A chave do nosso sucesso foi entender que os ritmos dos neurônios artificiais tinham que coincidir com os dos neurônios reais. Quando conseguimos fazer isso, a rede biológica foi capaz de responder às ‘melodias’ enviadas pela artificial”, afirmou Timothée Levi, engenheiro biomédico da Universidade de Tóquio.
O conjunto de eletrodos utilizado para detectar a resposta neural era quatro vezes maior que a área estimulada. Os pesquisadores apontaram que isso fez com que eles provavelmente não tenham capturado a resposta completa.
Ainda assim, os experimentos forneceram informações importantes para uma comunicação mais eficiente, segundo a equipe. Se o potencial prático desse tecnologia for atingido, podemos, um dia, ter uma forma de recuperar o cérebro de lesões traumáticas e doenças como o Parkinson. Promissor, não é mesmo?
Via: Science Alert