União Europeia descarta receios de que regras de segurança possam atrasar 5G

Discussão envolve a participação ou exclusão da chinesa Huawei na implementação da rede de telecomunicações na Europa
Vinicius Szafran20/01/2020 22h15

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O chefe de política industrial da Europa, Thierry Breton, rejeitou alegações de que contar com empresas do continente para construir uma infraestrutura 5G atrasaria o processo de distribuição da nova tecnologia. Com a posição, ele entra no debate sobre o risco representado pela chinesa Huawei.

Em seu discurso na conferência DLD, em Munique, neste domingo (19), o ex-ministro das Finanças da França alertou os legisladores europeus que regras de segurança mais rigorosas serão exigidas com o 5G, em comparação às gerações anteriores.

“Estabelecer condições rigorosas de segurança não criará atrasos na implantação do 5G na Europa”, afirmou Breton, de acordo com a agência de notícias Reuters. “A Europa, incluindo a Alemanha, é claro, está no caminho certo. Não estamos atrasados na Europa com a implantação do 5G”.

O alerta de Breton contrasta com os comentários de Horst Seehofer, ministro do Interior alemão, que disse no início desta semana que, caso as empresas chinesas sejam excluídas, a construção da rede 5G seria adiada por pelo menos cinco a dez anos.

No governo da chanceler alemã Angela Merkel, os conservadores estão divididos quanto a apoiar uma proposta que, se aprovada, efetivamente excluiria a Huawei da construção da rede 5G na Europa. O governo da Alemanha, assim como o restante do continente, está sob intensa pressão dos Estados Unidos para barrar a fabricante chinesa. Segundo o governo norte-americano, os equipamentos da Huawei permitiriam que a China espionasse outros países.

Apesar disso, essa decisão é especialmente difícil para a Alemanha. Isso porque o presidente norte-americano Donald Trump já ameaçou as relações comerciais com os alemães.

Por outro lado, a China é um grande mercado consumidor, que tem uma forte relação com as montadoras alemãs. “No ano passado, 28 milhões de carros foram vendidos na China, 7 milhões eram alemães”, disse Wu Ken, embaixador da China na Alemanha, ao jornal The New York Times.

Via: G1

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital