Muitas pessoas consideram a ideologia política um fator fundamental para começar um relacionamento. Nesta quinta-feira (5), o Tinder revelou quais políticos têm seus nomes mais escritos nas conversas de bate-papo do aplicativo. A lista engloba diversos nomes fora do âmbito governamental, como ativistas e advogados. 

A lista, no entanto, foi feita com base nos usuários dos Estados Unidos e só apresenta políticos do país. Nomes já esperados como do presidente Donald Trump e dos senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren estão entre os mais comentados. As surpresas ficam por conta da ativista ambiental Greta Thunberg e do advogado Robert Muller. 

“Quando nos aproximamos de um ano eleitoral, não é surpresa que a política tenha tido certa relevância no Tinder. Os candidatos presidenciais democratas, com o nosso atual presidente, dominaram a lista de figuras políticas que ajudaram a dar aos membros do Tinder algo sobre o que conversar”, analisou a empresa. 

Dialogar sobre o tema com potenciais parceiros em aplicativos de namoro é algo que cresce gradualmente. O OKCupid teve um aumento de 64% de termos políticos após o término das eleições de 2016. O app introduziu uma série de perguntas aos usuários em relação ao atual presidente e sobre pensamentos ideológicos, de modo com que seja simples filtrar as respostas e conhecer pessoas com visões de mundo semelhantes. 

Katherine Hertlein, professora do programa de terapia de casal e família da Universidade de Nevada, na Faculdade de Medicina de Las Vegas, afirmou que esse fenômeno pode ocorrer devido a um desejo coletivo de receber a validação de suas crenças. Segundo ela, o consentimento de familiares e amigos não é o suficiente, o que faz com que um indivíduo busque outros meios. “Penso que as pessoas estão buscando validação em suas próprias perspectivas, e a maneira de fazer isso é encontrando caras novas”. 

No Brasil, o exemplo mais claro da busca por pessoas com anseios de legitimação por parte de possíveis parceiros, é o PTinder. O aplicativo foi criado este ano pela advogada Maria Goretti Nagime com o intuito de reunir pares de esquerda. O funcionamento, como o próprio nome sugere, é semelhante ao do Tinder e de outros apps de namoro, mas possui o viés ideológico como ponto de partida para pertencer ao grupo de candidatos amorosos. 

Além da política, o Tinder incluiu outros assuntos em sua revisão anual. Um deles remete à idade dos usuários da plataforma, e mostra que, no momento, a maioria deles têm menos de 25 anos, pertencendo, portanto, à Geração Z. Outro aspecto incomum que merece destaque é o aumento de 41% do emoji “facepalm”, que consiste em uma mulher ou homem escondendo o rosto com a mão esquerda. 

 

Via: Mashable