Após receber um prêmio da IDA Irlanda (Industrial Development Authority – Autoridade para Desenvolvimento Industrial) em reconhecimento aos empregos que a empresa gera no país, o CEO da Apple, Tim Cook, se sentou com Martin Shanahan, diretor da organização, para um bate-papo no palco. Durante a conversa o executivo fez alguns comentários sobre tópicos como realidade aumentada e o uso de wearables (como o Apple Watch) na detecção e prevenção de doenças.

Segundo Cook, a realidade aumentada é a “próxima tendência”. É uma opinião que ele já expressou anteriormente, e a insistência no tema pode ser indicação de que a Apple trabalha em algo nessa área, além do sistema ARCore já existe nos iPhones e iPads.

“Estou empolgado com o AR”, disse Cook. “Minha opinião é que é a próxima tendência e vai permear toda a nossa vida. Ontem, visitei um estúdio chamado War Ducks em Dublin – eles têm 15 pessoas e estão crescendo e usando o AR para jogos. Você pode imaginar, para jogos é incrível, mas até para a nossa discussão aqui. Você e eu podemos estar conversando sobre um artigo e, usando o AR, podemos consultá-lo e olhar para a mesma coisa ao mesmo tempo”.

O executivo afirma que AR tem a vantagem de não “isolar” o usuário, como acontece com a realidade virtual (VR): “Eu penso que é algo que não isola as pessoas. Podemos usá-lo para aprimorar nossa discussão, e não para substituir a conexão humana, algo com o qual sempre me preocupo profundamente em algumas das outras tecnologias”, explicou.

Cook também se diz entusiasmado com o papel que a tecnologia pode desempenhar na área de saúde, uma intersecção que segundo ele “ainda não foi muito bem explorada”.

“Penso que você pode ter essa ideia simples de recursos preventivos e encontrar muitas outras áreas em que a tecnologia intersecta a assistência médica, e acredito que nossas vidas provavelmente seriam melhores com isso”, disse Cook.

Segundo ele, a tecnologia tem o potencial para reduzir drasticamente os custos do tratamento médico. “A maior parte do dinheiro na área da saúde vai para os casos que não foram diagnosticados a tempo. Vai levar algum tempo, mas as coisas que estamos fazendo agora – sobre as quais não vou falar hoje – me dão muitos motivos para ter esperança”.

Fonte: 9to5Mac