Startup congela cabeças para ressuscitar pessoas no futuro

Conheça as principais tecnologias que prometem vida (mais) longa ao ser humano
Redação26/07/2019 15h53, atualizada em 26/07/2019 19h00

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Viver o máximo possível – com saúde e sanidade – certamente é um dos grandes sonhos da humanidade. De mãos dadas, ciência e tecnologia caminham neste caminho com a proposta de oferecer soluções para estender sua permanência na Terra; vivo! As ideias ainda parecem um pouco distantes da nossa realidade: congelar pessoas ou somente suas cabeças! É difícil imaginar, mas acredite, já tem muita startup mundo afora oferecendo coisas mirabolantes para você ultrapassar os 100…200 anos de vida. Já pensou?!

O que já existe

As principais novidades seguem na teoria da criogenia; o congelamento de corpos para tentar ressuscitá-los no futuro. Um dos exemplos mais difíceis de que acreditar que alguém apostaria é a hipótese de congelar apenas sua cabeça e para depois reimplantá-la em um corpo qualquer.

Reprodução

Congele sua cabeça

No Arizona, nos Estados Unidos, a empresa Alcor Life Extension já trabalha com criopreservação de humanos desde os anos 80. Mas a novidade é congelar apenas sua cabeça; isso mesmo, o órgão é retirado após a morte e mantido no nitrogênio líquido. A esperança é de que no futuro ela possa ser reimplantada e trazer você de volta à vida através de novas tecnologias que sequer foram imaginadas ainda. É preciso ter coragem…e dinheiro. A empresa cobra US$ 200.000 (R$ 758 mil) para congelar um corpo inteiro e US$ 80.000 (R$ 302 mil) só para a cabeça.

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Não espere morrer

Outros métodos mais novos nesse mercado permitem começar a prolongar sua vida desde já, sem a necessidade de “se desligar” agora. Fundada em 2017, a Life Biosciences, uma holding de seis startups focadas no desenvolvimento de tecnologias e medicamentos para combater o envelhecimento humano, entrou nesse meio para promover a longevidade e encontrar tratamentos para doenças relacionadas à idade. Ela usa novos conceitos como o aprendizado de máquina e a inteligência artificial para aprimorar seus processos e técnicas de Senescência Celular – o período que as células ficam mais velhas – e Alterações Epigenéticas – que mudam a sequência do DNA. Segundo eles, “envelhecer não é um mistério, já que pode ser entendido e superado”.

Recentemente, a startup Ambrosia ganhou popularidade ao oferecer uma espécie de transfusão de “sangue jovem” com a promessa de rejuvenescer seus pacientes. No entanto, com menos de três anos de atuação, a ela foi obrigada a suspender seu tratamento “milagroso” após uma advertência da agência reguladora de saúde dos EUA.

Existem diversas técnicas que prometem prolongar nossa existência por aqui. Recentemente, o que chamou atenção foi a metformina, uma droga usada para tratar diabetes que, segundo alguns pesquisadores, pode ser utilizada para evitar câncer e demência.

Quem banca essa história?

Os bilionários da área de tecnologia, como Jeff Bezos e outros grandes nomes do Vale do Silício, parecem estar animados com essas possibilidades e vêm apoiando empresas de biotecnologia como a Calico (California Life Company), do Google, uma das mais importantes no estudo contra o envelhecimento. Uma prova de que o tema da expansão da vida está sendo levado a sério são os números: em 2018, o setor movimentou US$ 42,5 bilhões e, para 2023, a expectativa é que esse valor ultrapasse os US$ 55 bilhões.

Então, vamos viver para sempre?

Provavelmente, não! Apesar do todas essas soluções e tecnologias serem tão promissoras, se essas práticas funcionarem, certamente outros problemas surgirão. Um avanço na vida pode significar uma alteração radical nas projeções populacionais. As mulheres vão entrar na menopausa mais tardiamente e poderão ter mais filhos; ao mesmo tempo, vai ser preciso ter (e gastar) mais dinheiro para si próprio e também para criar os filhos. Isso sem contar que se, no futuro, alguém for realmente descongelado e voltar à vida, imagine o choque de realidade para sobreviver em uma sociedade totalmente diferente. É, essa história ainda vai longe!

*editado por Cesar Schaeffer

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital