Saques com PIX chegam no primeiro trimestre de 2021, afirma BC

Consumidores poderão solicitar a quantia desejada no comércio e retirar o dinheiro no caixa; Banco Central trabalha em outras novidades sem previsão de lançamento
Davi Medeiros23/10/2020 12h26, atualizada em 23/10/2020 12h33

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O Banco Central (BC) planeja oferecer saques por meio do PIX já no primeiro trimestre de 2021, como informaram representantes da entidade durante um evento do Mobile Time nesta quinta-feira (22). Este é um dos 16 novos recursos previstos para o sistema, incluindo débito automático, pagamento por aproximação e recolhimento do FGTS.

O funcionamento do saque é simples: o cliente se dirige ao caixa de um estabelecimento comercial e solicita a retirada de determinado valor; o atendente, então, seleciona o PIX na maquininha de cartão e cobra a quantia desejada por meio de um QR Code; por fim, o consumidor escaneia o código, conclui o pagamento e recolhe o dinheiro em espécie no caixa.

De acordo com o BC, a funcionalidade será útil tanto para o consumidor, que deixa de precisar dos caixas eletrônicos para esta finalidade, quanto para o comércio, que reduz os custos de manejo do dinheiro.

O saque PIX é prioridade na agenda evolutiva de desenvolvimento do sistema, como afirmou o chefe de subunidade do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro (Decem), Breno Lobo, durante o evento. Por isso, seu lançamento ocorrerá mais cedo que o restante dos recursos, a maioria ainda sem previsão de chegada.

Reprodução

Saque por meio do PIX será feito com maquininha de cartão. Imagem: Nattakorn Maneerat/Shutterstock

Outras funcionalidades do PIX

Outro recurso previsto é o parcelamento de compras, que será útil para os consumidores que não possuem cartão de crédito. Na prática, é quase como “parcelar um boleto“: no momento da compra, o cliente se compromete com um débito mensal que não pode ser cancelado, garantindo ao vendedor que a quantia será cobrada todo mês. Daí o nome da função, “PIX garantido”.

Está nos planos também o desenvolvimento de uma ferramenta para permitir a transferência de ativos, como imóveis e carros. O recurso é descrito como “pagamento com documento”, e visa facilitar a permutação de posses entre duas pessoas.

O chefe-adjunto do Decem, Carlos Brandt, afirmou ainda que o sistema poderá ser utilizado para saque do FGTS a partir de janeiro do ano que vem, o que, segundo ele, deve “simplificar muito o processo de recolhimento”.

Completam a agenda de novidades o pagamento por aproximação via NFC, transferências internacionais, uma API para transações entre empresas e o uso do sistema para pagamento de benefícios sociais, todas sem previsão de lançamento.

Via: Mobile Time

Colaboração para o Olhar Digital

Davi Medeiros é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital