Como acontece em todos os anos, a Samsung decidiu usar a CES para mostrar seus grandes lançamentos, mas também demonstra uma série de pequenos projetos experimentais nascidos no C-Lab, uma incubadora de ideias de funcionários da companhia. Neste ano, um dos destaques é um teclado “invisível” para celular chamado SelfieType.

Teclados à base de lasers projetados sobre a mesa já existem há algum tempo, mas o que chama a atenção no SelfieType é o fato de que não há qualquer luz visível emitida pelo celular. Como o nome indica, ele usa a câmera frontal para monitorar o movimento das mãos e inteligência artificial para compreender corretamente a mensagem que seus dedos tentam transmitir.

Trata-se de uma função profundamente experimental, mas que pode ser interessante se funcionar como o prometido. Afinal de contas, os celulares são cada vez mais uma ferramenta de trabalho, e uma de suas poucas limitações é a dificuldade em digitar em um teclado pequeno, especialmente quando estamos falando em textos maiores, que dependem de precisão e correção gramatical e ortográfica.

Como dito, porém, teclados à base de lasers já existem há um bom tempo. No entanto, eles dependem de um acessório externo que precisa ser carregado com o usuário sempre, porque nunca se sabe quando será necessário digitar algum e-mail mais longo. Com o SelfieType, isso não existe, já que o único acessório necessário já é incorporado ao smartphone: a câmera frontal.

Agora resta saber se o SelfieType cumpre as promessas da Samsung. Afinal de contas, ao usar a câmera frontal, o usuário precisa, obrigatoriamente, manter suas mãos dentro do campo de visão das lentes, ou o movimento não será captado. Também é necessário observar se a captação de movimentos será precisa o suficiente para não afetar a digitação, e se a falta de um feedback tátil não afeta o resultado.

A Samsung, no entanto, terá um tempo para desenvolver a tecnologia até um patamar adequado. A companhia já confirmou que o SelfieType não faz parte do Galaxy S11, que será apresentado em fevereiro, e, como projeto do C-Lab, ele pode simplesmente ser cancelado antes de se materializar em um produto ou serviço finalizado e liberado para o público.