Samsung deve reduzir presença no MWC temendo o coronavírus

Com evento próprio nesta semana, empresa tem pouco a ganhar arriscando a saúde de seus funcionários
Renato Santino10/02/2020 17h21, atualizada em 10/02/2020 17h45

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Faltando apenas duas semanas para o MWC (Mobile World Congress), a maior feira de tecnologia móvel do planeta, aumenta cada vez mais o número de empresas repensando suas participações na feira temendo o coronavírus. A Samsung, que costuma ser uma das maiores empresas no evento, se tornou mais delas. A companhia deve reduzir consideravelmente sua presença na feira como decorrência do vírus.

Segundo fontes ouvidas pela CNET, vários dos executivos que iriam para Barcelona para participar do MWC cancelaram suas viagens. A decisão ainda não seria definitiva, no entanto. A Samsung estaria considerando todas as opções e pode mudar de ideia até o dia do evento, mas sua presença deve ser limitada a um estande. Publicamente, no entanto, a empresa coreana não comenta sobre o tema.

Uma possível desistência da Samsung não seria surpresa, principalmente diante da ausência de sua maior rival, a LG, que tomou essa decisão na última semana temendo o coronavírus. A Samsung ainda tem a vantagem de ter organizado um evento próprio em San Francisco para revelar o Galaxy S20 nesta terça-feira (11), então a companhia não depende do MWC para divulgar seus lançamentos, ao contrário de seus concorrentes.

E, aos poucos, o MWC é esvaziado com o temor do coronavírus. LG e ZTE foram as duas primeiras a optarem por reduzir ou cancelar a participação, e outras empresas começaram a seguir. A Ericsson, que também seria uma empresa importante pelo desenvolvimento da tecnologia 5G, também cancelou sua presença, seguida da Nvidia. Nesta segunda-feira (10), Amazon e Sony também cancelaram seus planos para o evento.

A GSMA, associação responsável pela organização do MWC, resolveu tomar algumas medidas para tentar tornar o evento mais seguro. Entre elas estão inclusas uma checagem de temperatura corporal, para evitar que alguém que apresente os sintomas do coronavírus entre no pavilhão e transmita a doença para outras pessoas. Também estão banidos quaisquer visitantes da provícia de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do vírus. Além disso, participantes que foram à China precisarão provar que não estiveram no país nos 14 dias que antecedem o evento.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital