A Senior Plc, fornecedora de soluções de engenharia que tem a Boeing como um de seus maiores clientes, revelou que levará até 2023 para que o jato 737 Max atinja a taxa de 57 aviões construídos por mês, número inicialmente planejado para o ano passado, antes dos dois acidentes fatais que tiraram o modelo de circulação.

“Atualmente, esperamos que todos os nossos clientes do 737 Max se alinhem em torno de uma nova taxa de construção e perfil de rampa ao longo de 2020 e 2021, com um aumento constante nas taxas nos próximos quatro anos”, disse David Squires, CEO da Senior Plc.

A projeção de Squires foi baseada nos comentários de colaboradores da própria Boeing e de fornecedores maiores, como a Spirit AeroSystems Holdings, que afirmaram não perceber a produção do 737 Max retornando ao normal tão cedo. Além disso, a Senior Plc declarou que 2019 foi um ano difícil, com queda nos lucros e a necessidade de um plano de reestruturação, com corte de gastos e, consequentemente, de funcionários.

Agora, Squires espera reiniciar a produção do Boeing 737 Max já no segundo trimestre, mesmo que a recertificação do jato para o meio do ano seja adiada para depois. De acordo com ele, a Boeing pode escolher não parar a produção visando “manter a cadeia de suprimentos saudável” para quando o modelo voltar a ser autorizado.

Paralelamente, um porta-voz da Boeing pontuou comentários de Greg Smith, diretor da Boeing, para revelar que a companhia retomará, aos poucos, a produção do 737 Max em 2020 e a aumentará gradualmente no decorrer dos próximos anos.

Via: Bloomberg