Presos com caixas de IPTV piratas sofrem processo milionário

Uma mega empresa de mídia das Filipinas está entrando com processos de indenização contra acusados de pirataria que foram presos pela polícia
Renato Mota28/02/2020 22h31

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Dois homens que foram presos em Los Angeles por venderem aparelhos de IPTV piratas estão sendo processados por uma mega empresa de mídia das Filipinas, que cobra deles uma indenização milionária.

A ABS-CBN é a maior empresa de mídia e entretenimento das Filipinas, mas tem atuado regularmente nos tribunais dos Estados Unidos, tentando interromper a pirataria online. Em abril de 2019, por exemplo, um tribunal distrital da Flórida ordenou que os operadores de 27 sites de piratas pagassem US$ 1 milhão em danos cada.

O alvo agora são dois homens presos em fevereiro passado, durante uma operação de antipirataria da Polícia de Los Angeles. Romula Araneta Castillo e seu primo, Alberto Ace Mayol, foram presos com cinco decodificadores piratas, que seriam vendidos para o público. Ambos também são acusados de “interceptar, receber ou usar qualquer programa ou outro serviço veiculado por um vídeo multicanal”.

Poucos dias depois, o ABS-CBN entrou com dois processos nos tribunais distritais dos EUA, um contra Castillo na Califórnia e outro contra Mayol, no Texas. Ambos os processos alegam violações do código norte-americano que legisla sobre a publicação ou uso não autorizado de comunicações, e outros crimes sob a lei estadual.

“Com base em informações e crenças, o réu se envolveu em um esquema para, sem autorização, vender equipamentos piratas que retransmitem a programação da ABS-CBN a seus clientes como serviços piratas”, afirmam as duas queixas enviadas pela empresa de mídia. Os equipamentos acessavam ilegalmente as transmissões ao vivo do ABS-CBN.

Juntos, os processos contra os dois homens valem milhões de dólares em indenizações, caso o valor total seja concedido. O ABS-CBN, inclusive, parece ter comprado os aparelhos e publicou evidências fotográficas em seu site.

“O ABS-CBN conduziu uma investigação de meses sobre o esquema perpetrado por Castillo e seu primo Alfaro, incluindo compras secretas dos alvos. Os processos alegam que Castillo e Alfaro se engajaram nesse esquema em vários estados para vender esses decodificadores piratas para o público inocente”, afirma o comunicado da empresa.

Via: Torrent Freak

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital