É impossível testemunhar uma supernova de perto. Até mesmo porque quando o núcleo de uma estrela entra em colapso e gera uma onda de choque super brilhante, o melhor mesmo é estar a alguns anos-luz de distância. Mas utilizando dados coletados de telescópios ao redor do mundo, pesquisadores conseguiram simular a física de fluidos e criar um modelo tridimensional do fenômeno.

Entre as descobertas proporcionadas pelo estudo, astrônomos observaram que o magnetar no centro das supernovas mais brilhantes pode ejetar elementos como cálcio e silício a velocidades de 12 mil quilômetros por segundo. O projeto está descrito em um estudo publicado no Astrophysical Journal.

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“Para fazer simulações em 3D de supernovas superluminosas movidas a magnetar, você precisa de supercomputadores muito potentes e do código certo, que capte a microfísica relevante”, explica o principal autor do artigo, Ken Chen, astrofísico do Instituto Academia Sinica de Astronomia e Astrofísica (ASIAA), em Taiwan. Os pesquisadores utilizaram os equipamentos do Lawrence Berkeley National Laboratory (Berkeley Lab) do Departamento de Energia do governo dos Estados Unidos.

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Para este trabalho, os pesquisadores modelaram um remanescente de supernova com aproximadamente 15 bilhões de quilômetros de largura, e um denso magnetar de 10 quilômetros de largura. Neste sistema, as simulações mostraram que instabilidades hidrodinâmicas se formam em duas escalas: na bolha quente energizada pelo magnetar e quando o choque da supernova explode contra o gás ao redor.

“Ambas as instabilidades de fluidos causam mais mistura de elementos do que normalmente ocorreria em um evento típico de supernova, o que tem consequências significativas para as curvas de luz e espectros de supernovas superluminosas. Nada disso teria sido capturado em um modelo unidimensional”, explica Chen.

Via: NERSC