A Panasonic vai investir US$ 100 milhões (cerca de R$ 550 milhões) para aprimorar a produção de baterias da Tesla na gigafábrica de Nevada, nos Estados Unidos. O aporte visa adicionar mais uma linha de produção dos equipamentos às instalações da empresa liderada por Elon Musk.
A expectativa da companhia japonesa é aumentar a capacidade de fabricação das baterias em 10% e elevar a taxa de produção da gigafábrica de Nevada para 39 gigawatt-hora (GWh) anuais.
Em maio de 2019, o presidente da Panasonic, Kazuhiro Tsuga, disse que a fábrica contava com o potencial de produção de 35 GWh por ano, mas que a Tesla utilizada apenas 70% desse limite. Já em 2020, o diretor financeiro da fabricante de baterias, Hirokazu Umeda, disse que as empresas conversavam sobre uma possível expansão da fábrica diante de uma forte demanda sobre os produtos da Tesla.
Segundo o Teslarati, as companhias ainda pretendem aprimorar em 5% a densidade de energia das baterias 2170 NCA (Níquel-cobalto-alumínio) produzidas na instalação de Nevada. Recentemente, a Panasonic anunciou o plano de aumentar a capacidade dos materiais da Tesla em 20% nos próximos cinco anos.
Nesta segunda-feira (17), o presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, tornou-se a quarta pessoa mais rica do mundo, segundo o Bloomberg Billionaires Index. Imagem: Reprodução
Os avanços podem pavimentar o caminho para a montadora norte-americana desenvolver pacotes de baterias menores ou projetar modelos de carros elétricos mais leves, com melhor performance e eficiência energética.
No início do ano, a Panasonic perdeu seu status de fornecedora exclusiva de baterias da Tesla. A empresa norte-americana negociou acordos com a sul-coreana LG Chem e a chinesa CATL. Além disso, a Tesla encerrou a parceria com a Panasonic na gigafábrica de Nova Iorque, onde a companhia produz tecnologias de energia solar.
Baterias sem cobalto e níquel
A Panasonic também anunciou recentemente que pretende desenvolver baterias livres de cobalto em até três ano. A companhia, no entanto, não é a única a promover pesquisas com esses objetivo. Neste sábado (15), a CATL afirmou que também estuda a possibilidade de eliminar o cobalto e o níquel de suas células energéticas.
A proposta de encerrar a dependência dos minérios tem implicações éticas e financeiras. A exploração do cobalto e do níquel remete ao impacto ambiental da mineração desses materiais e a conflitos éticos sobre as condições de trabalho nos campos de extração.
Pelo viés econômico, as duas substâncias encarecem a fabricação de baterias, o que tem impacto também no preço médio dos veículos elétricos no mercado.
Via: Teslarati