Panasonic trabalha em protótipo da 4680, nova bateria da Tesla

Parceira de longa data da montadora, Panasonic já se prepara para fabricar a nova célula de bateria que é seis vezes mais potente que as atuais
Davi Medeiros30/10/2020 18h47, atualizada em 30/10/2020 19h07

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O diretor financeiro da Panasonic, Hirokazu Umeda, informou nesta quinta-feira (29) que a empresa japonesa está se preparando para iniciar a produção da 4680, nova célula de bateria da Tesla. As empresas são parceiras de longa data na fabricação e fornecimento desse tipo de tecnologia.

“Temos um know-how considerável para essa bateria”, disse Umeda em entrevista coletiva. “Começamos a trabalhar nisso imediatamente após o Dia da Bateria da Tesla, em setembro, e estamos nos preparando para iniciar uma linha de produção do protótipo em paralelo”.

Durante a entrevista, o executivo também reforçou a pretensão da Panasonic de expandir sua linha de produção na gigafábrica de Nevada. A expectativa é que a linha adicional, ainda sem data definida para começar a operar, aumente a capacidade total da planta em 10%, possibilitando uma produção anual de 39 GWh até 2022.

“Nossa meta é elevar a margem de lucro para cerca de 5% em nosso negócio de baterias com a Tesla dentro de dois a três anos”, acrescentou Umeda.

Reprodução

4680 começará a ser produzida em breve pela Panasonic. Imagem: Reprodução/Tesla

Baterias 4680

A 4680 foi apresentada pela Tesla no “Battery Day”, que ocorreu na Califórnia em 22 de setembro. Ela leva este nome porque mede 46 mm de diâmetro por 80 mm de comprimento, sendo um pouco maior que a utilizada atualmente pela Tesla, de 21 mm por 70 mm.

De acordo com Elon Musk, CEO da montadora, o ganho de tamanho é por um bom motivo. Dessa forma, a célula poderá entregar seis vezes mais potência, cinco vezes mais energia e aumentar o alcance dos veículos em 16%.

A 4680, então, tem potencial para reduzir em alguns milhares de dólares o preço dos carros elétricos da Tesla nos próximos anos. Analistas ouvidos pela Reuters estimam que, atualmente, o custo de produção por kWh das baterias seja de cerca de US$ 156, valor que pode ser reduzido para US$ 70 ou US$ 80 nos próximos anos.

Na avaliação de Musk, essa mudança tem potencial para ajudar a montadora a produzir carros elétricos mais acessíveis, custando em torno de US$ 25 mil. As expectativas do bilionário para a Tesla incluem também a fabricação em massa de suas próprias células de bateria, mas, por enquanto, a montadora deve continuar precisando do apoio de seus fornecedores atuais, como Panasonic e LG.

Via: Reuters

Colaboração para o Olhar Digital

Davi Medeiros é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital