Nesta quarta-feira (28), o Banco Central do Brasil anunciou que o sistema de pagamentos instantâneos terá a base de dados desenvolvida e administrada pelo próprio órgão. O tipo de pagamento se refere às transferências monetárias eletrônicas entre diferentes instituições disponíveis para os usuários finais 24 horas por dia, 7 dias por semana e todos os dias do ano.
“Para maximizar ganhos de escala e efeitos de rede típicos da indústria de pagamentos, e tendo em conta sua criticidade para o bom funcionamento do ecossistema de pagamentos, a base de dados de endereçamento centralizada será desenvolvida e gerida pelo BC”, diz trecho do comunicado.
Segundo o regulador bancário, a centralização da chamada base de dados de endereçamento permitirá realizar pagamentos de maneira intuitiva e simplificada, usando informações como número de telefone ou conta de e-mail, de forma segura.
No site oficial, a instituição explica que iniciar um pagamento instantâneo será simples e não necessitará de informações como número do banco, da agência ou da conta e CPF do recebedor. Para utilizar, o usuário deve possuir um smartphone, uma conta em um prestador de serviço de pagamento (PSP) e o aplicativo desse PSP.
Para a Reuters, a adoção dessa forma de pagamento deve afetar as receitas do setor de pagamentos eletrônicos. Ainda que, para eles, a principal função do pagamento instantâneo deverá ser a substituição das transações pagas por dinheiro em espécie ou boletos. Já as transações de valores maiores, ou em parcelas, tenderiam a seguir realizadas por canais tradicionais, como TED ou mesmo com cartões de crédito.
Bancos e fintechs vinham aguardando a definição pelo Banco Central do modelo a ser adotado para o funcionamento do pagamento instantâneo no país, o que deve ter grande influência sobre os modelos de negócios de várias instituições.
Fonte: Reuters/Banco Central do Brasil