Nintendo tenta tirar do ar versão de Super Mario 64 para o PC

Escritório de advocacia começou a enviar notificações em nome da empresa para sites de compartilhamento de arquivos que hospedam o jogo, alegando infração de copyright
Rafael Rigues11/05/2020 19h31

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Não demorou muito. Advogados agindo em nome da Nintendo estão enviando pedidos a sites de compartilhamento de arquivos para remover cópias da versão não autorizada de Super Mario 64 para o PC, desenvolvida por fãs e lançada na semana passada.

Segundo o site TorrentFreak, os pedidos estão sendo enviados em nome do escritório de advocacia norte-americano Wildwood Law Group LLC, que já atuou com a Nintendo no passado em casos de infração de copyright e distribuição ilegal de produtos da empresa.

“O trabalho sob copyright é o videogame Super Mario 64 da Nintendo, incluindo trabalho audiovisual, software e representação de seus personagens fictícios, cobertos pelo registro número PA0000788138 no U.S. Copyright Office. O arquivo em questão contém um trabalho derivativo não autorizado, baseado em material sob copyright da Nintendo”, diz o documento. Além do jogo, a Nintendo também vem tentando tirar do YouTube vídeos que mostram o game e analisam suas características.

O autor da versão PC de Super Mario 64 não foi identificado, mas acredita-se que ela seja baseada no código-fonte original do jogo, obtido através de um extenso esforço de engenharia reversa a partir da ROM (cópia do conteúdo de um cartucho) da versão final.

Este trabalho de “decompilação” do software em seu código-fonte é legal. O que é ilegal é a distribuição de uma versão PC incluindo a arte, modelos 3D, sons e músicas do jogo original, o que realmente caracteriza uma infração de copyright.

Desde o lançamento do jogo os fãs vêm tentando “despistar” a Nintendo, evitando postar publicamente links para download. Entretanto, nem todo o poder da “Big N” é capaz de dobrar uma lei básica da Internet: depois que algo “cai na rede”, não há como tirar essa coisa de lá.

Fonte: Torrent Freak

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital