Prepare seu bolso. A Netflix começou a disparar e-mails aos seus clientes brasileiros alertando para um aumento de preço que deve começar a valer a partir de julho deste ano. O aumento da mensalidade é significativo, e pode chegar a até R$ 8 adicionais por mês.
Dos três pacotes oferecidos pela empresa, só o plano mais básico será mantido. A assinatura que permite a visualização em apenas uma tela e não dá acesso a vídeos em HD continuará custando R$ 19,90 mensais.
Os outros dois vão subir. O pacote padrão, utilizado pela maior parte das pessoas, que dá direito a duas telas e reprodução em HD, subirá de R$ 22,90 para R$ 27,90, o que representa um reajuste de 21,8%. Já o plano mais avançado, para quatro telas e reprodução em 4K, subirá de R$ 29,90 para R$ 37,90 por mês, resultando em um aumento de 26,7%.
A Netflix informa que seu preço não era reajustado no Brasil desde a metade de 2015. Isso dito, a mudança está acima da inflação acumulada no período de dois anos. Se o reajuste refletisse apenas a inflação, os preços subiriam 12,36%, com base no IPC-A. Neste caso, o plano intermediário ficaria em R$ 25,73, enquanto o mais avançado custaria R$ 33,60.
A empresa, no entanto, reserva-se ao direito de aumentar a mensalidade com base em outros fatores do mercado local, o que pode incluir aumento de impostos. E, de fato, recentemente foi aprovado um imposto sobre serviços como Netflix e Spotify, o que pode ter contribuído para o reajuste. O problema é que a empresa afirmou publicamente que o tributo não causaria aumento de preços.
Existem outros fatores que também podem ter causado a situação. A empresa já anunciou que está investindo pesado na produção de conteúdo exclusivo, mais especificamente US$ 6 bilhões. A alta recente do dólar, resultante da crise política vivida pelo Brasil, provavelmente também não ajudou.