Uma ONG holandesa chamada Pax realizou uma pesquisa para determinar as principais empresas do setor de tecnologia que oferecem algum risco de produzirem armas autônomas letais. Eles categorizaram as empresas com base em três critérios: se estavam desenvolvendo tecnologia potencialmente relevante para a Inteligência Artificial (IA) mortal, trabalhando em produtos militares para essa finalidade, e se eles se comprometeram a se abster de contribuir com essa tecnologia no futuro.

Utilizando esses critérios, a Microsoft obtém uma pontuação alta no ranking do “nascimento da Skynet” – uma referência à empresa responsável pela criação dos robôs responsáveis pela guerra entre humanos e máquinas do filme ‘O Exterminador do Futuro‘. A Microsoft investe extensivamente no desenvolvimento de produtos de inteligência artificial, tem relações próximas com os militares dos EUA e Satya Nadella, diretor executivo da empresa, se compromete a fornecer aos militares sua melhor tecnologia.

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Embora a Microsoft não tenha desenvolvido explicitamente sua IA para propósitos militares, sabe-se que eles desenvolveram uma versão do sistema de realidade aumentada HoloLens para as forças armadas dos EUA, especificamente projetada para aumentar a letalidade dos soldados no campo de batalha.

Para a Microsoft, as forças armadas dos EUA provavelmente serão um setor importante para seu crescimento. Embora a empresa ainda não tenha sido premiada, provavelmente ela será a escolhida para ganhar o contrato de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 40 bilhões) do Pentágono para cuidar do Empreendimento Conjunto de Infraestrutura de Defesa (JEDI).

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A Microsoft não é a única empresa considerada de “alto risco” – mais de 50 empresas em mais de 12 países diferentes foram consideradas. Entre as 21 escolhidas e que representam “alto risco” estão a Amazon, Microsoft e Intel.

Algumas armas autônomas controladas por IA já estão ativas – como o drone Harpy em Israel. Novas categorias de armas autônomas devem ser criadas, e seu uso da tecnologia de reconhecimento facial pode criar outras questões éticas.

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Os “mocinhos”

O Google foi uma das sete empresas que empregaram as “melhores práticas”. Além de desistir da corrida pelo contrato do JEDI, a empresa recusou a renovação com contrato do Pentágono para o Projeto Maven, que usava o aprendizado de máquina para distinguir pessoas e objetos em vídeos capturados por drones.

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Via: MSPowerUser