México mandará robôs para a Lua em 2021

Micro robôs tem 8 centímetros de diâmetro e são capazes de funcionar de forma autônoma
Rafael Rigues26/09/2019 15h55, atualizada em 26/09/2019 15h57

20190926125929

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O México também está de olho na Lua. O país pretende lançar em 2021 uma missão que levará até nosso satélite um conjunto de robôs autônomos que irão explorar sua superfície.

De acordo com Medina Tanco, pesquisador do Instituto de Ciências Nucleares da Universidade Nacional do México, a abordagem mexicana é baseada no conceito de trabalho em equipe: em vez de um único robô inteligente e caro, como fizeram os chineses, serão usados pequenos robôs que, trabalhando em equipe, serão capazes de desempenhar tarefas mais complexas.

Tanco lidera uma equipe de 50 estudantes no Laboratório de Instrumentação Espacial (Linx), que está desenvolvendo os robôs. Cada um tem apenas oito centímetros de diâmetro, quatro de espessura e é alimentado por um painel solar.

Os robôs são capazes de navegar de maneira autônoma graças a um radar, e após os pouso serão ‘catapultados’ para a superfície lunar em um raio de 10 metros, momento no qual irão se ativar e começar a explorar a superfície.

Um dos principais desafios da missão é o ambiente: a superfície da Lua é coberta por uma camada de poeira finíssima, o regolito, que poderia atrapalhar o funcionamento dos motores ou a eficiência das rodas. Para evitar o problema a equipe reproduziu o solo lunar usando lava vulcânica, com base em amostras trazidas pelas missões Apollo. Com isso puderam testar não só a eficiência dos motores, como também o design das rodas.

Os robôs serão lançados em uma missão da empresa norte-americana Astrobotic, em uma viagem que levará três meses. A empresa recentemente fechou um contrato de US$ 79,5 milhões com a NASA para levar 14 cargas à Lua, e oferece espaço em suas próximas missões ao custo de US$ 1.2 milhões por quilo de carga.

Fonte: Sputnik News

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital