Os fuzileiros navais dos Estados Unidos estão prestes a receber um incremento de hardware impressionante: um exoesqueleto robótico que dá super força ao usuário. O equipamento foi produzido por uma subsidiária da Sarcos Robotics focada em itens de defesa. O exoesqueleto foi desenvolvido principalmente para usos industriais, inclusive em construção e energia.
Ainda assim, é um retorno às origens da Sarcos. Em 2000, a empresa fazia parte de uma classe que recebia doações da DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa). À época, a DARPA trabalhava em exoesqueletos elétricos para fins defensivos. De certa forma, o exoesqueleto XO, que conserva energia quando não é acionado, é o resultado dessa pesquisa. Outra fabricante de exoesqueletos, a Ekso Bionics, saiu da mesma concessão da DARPA.
Segundo a Sarcos, o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA testará aplicações para o Guardian XO Alpha, apresentado pela primeira vez na CES 2020, onde foi eleito “Melhor Robô” pela PCMag.com, “As melhores ideias e produtos da CES” da VentureBeat, “Top Tecnologias Emergentes” pela Digital Trends, e reconhecida como uma das tecnologias mais inteligentes no salão de exposições pela WIRED Magazine.
Embora o processo possa trazer à tona pesadelos de ciborgues em campos de batalha, isso continua no campo da ficção científica. As aplicações mais imediatas serão logísticas, onde o trabalho pesado frequentemente é necessário.
“A equipe da Sarcos Defense está muito satisfeita com o fato de o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA estar testando casos de uso para nossa versão Guardian XO Alpha este ano”, afirmou Ben Wolff, CEO da Sarcos Defense. “Nossos ramos militares precisam lidar regularmente com questões de pessoal em constante mudança e reduzir riscos de lesões por realizar tarefas de levantamento de peso. Acreditamos que nossos exoesqueletos de corpo inteiro serão um grande benefício para os fuzileiros navais e para a Força Aérea dos EUA, Marinha dos EUA e USSOCOM (Comando de Operações Especiais dos EUA), com quem também estamos trabalhando em nossa tecnologia de exoesqueleto”, concluiu.
A Sarcos foi fundada como um “spin-off” da Universidade de Utah, em 1983. Durante boa parte de sua existência, recebeu apoio financeiro ou assumiu desafios de engenharia incomuns para qualquer pessoa disposta a financiar a ciência aplicada. Foi a Sarcos que projetou a fonte dançante em frente ao hotel Bellagio em Las Vegas, bem como os dinossauros animatrônicos para o passeio de Jurassic Park no Universal Studios.
Mais recentemente, a empresa começou a vender suas criações. Os exoesqueletos Guardian XO Alpha serão entregues ainda este ano para os testes dos fuzileiros navais.
Via: ZDNet