O presidente da Huawei, Liang Hua, revelou o interesse da companhia em assinar um acordo de “não-espionagem” com o governo dos EUA — e qualquer outro que solicite essa formalidade. A declaração foi feita a um grupo de jornalistas norte-americanos, durante uma visita à Fundação de Intercâmbio China-Estados Unidos.
“Estamos considerando assinar um acordo com os EUA”, afirmou à agência The Hill. Ele sabe, porém, o quão difícil será essa tarefa. “Os EUA não compraram de nós, não estão comprando de nós e não têm planos de comprar de nós. Então, eu não sei se há uma oportunidade para assinar esse termo.”
Para Liang, é inapropriado usar política para prejudicar uma empresa e a Huawei tem demonstrado muita classe ao tentar resolver o conflito com uma abordagem mais leve. No momento, o governo Trump não parece estar em busca de uma solução para a guerra comercial, mas pode haver um pequeno progresso no G20, conferência econômica global que será realizada no fim do mês.
Enquanto isso, David Daokui Li, diretor de economia da Universidade Tsinghua, acredita que a atitude de Trump pode até ferir a Huawei no curto prazo, mas deve fortalecer os planos da gigante chinesa a longo prazo. “Trump está acordando a capacidade adormecida da Huawei”, avalia.
Vale a pena mencionar que, de acordo com informações compartilhadas no Twitter, a nova linha Mate 30 terá um chip Kirin 985 e estreará o sistema operacional HongMeng, a alternativa da Huawei ao Android usada na China. A linha Mate 30 deve chegar ao mercado em setembro, ainda com grande indefinição quanto ao uso do Android pela Huawei em versões globais do aparelho.
Especulações recentes dizem que a empresa pode anunciar seu novo sistema operacional em junho. A Huawei também registrou o nome Ark OS (o ‘Hongmeng’ pode se chamar ‘Ark OS’ globalmente). Ainda não se sabe, porém, se os modelos internacionais do Mate 30 virão com o novo sistema operacional.
Fonte: GizChina