Google pode ser multado por ‘sumiço’ de sites de prefeitura mineira

Em junho, páginas de programas institucionais da prefeitura de Poços de Caldas desapareceram do Google Sites; empresa tem cinco dias para restabelecer os sites e evitar multa diária de R$ 500
Fabiana Rolfini17/07/2020 13h19

20200608051042

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O Google tem até cinco dias para restabelecer sites excluídos da prefeitura de Poços de Caldas (MG) se não quiser pagar multa diária de R$ 500. A prefeitura entrou com a ação após páginas de programas institucionais sumirem do Google Sites, plataforma gratuita de hospedagem oferecida pela empresa, em junho.

A determinação é do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Carlos Alberto Pereira da Silva, juiz da 4ª Cível da Comarca de Poços de Caldas, também determinou que a empresa informe os e-mails vinculados ao Google Sites, a data e hora da exclusão e o endereço de IP do responsável pelo ato.

As páginas em questão são da Secretaria de Educação do município e continham informações de atividades para alunos da educação infantil e professores, além de informativos sobre ações da pasta.

Reprodução

Sites tinham informações de atividades para alunos e professores. Foto: Divulgação

“Como houve uma mudança de gestão [na secretaria, em outubro de 2019], tentamos entrar em contato com o Google para saber como foi o processo de exclusão do site, mas eles informaram que não podiam dar essa informação. Só por meio de uma ação judicial”, explicou Giovanni Ribeiro Dias, coordenador de projetos de educação complementar da prefeitura.

Crime cibernético

Para Mario Marques de Oliveira, procurador-chefe municipal de Poços de Caldas, caso seja confirmada que a exclusão foi feita por um servidor público, ele terá que responder na Justiça. “É uma infração disciplinar e uma infração penal. Em tese, é crime cibernético. Se for um servidor, e imaginamos que seja, deve gerar dois processos: um criminal e um administrativo”, afirmou.

Procurado, o Google Brasil disse, via assessoria, que não irá comentar sobre a ação.

Via: Uol

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital