O Google vem tentando atrair mais clientes da linha corporativa ao oferecer versões empresariais, com benefícios próprios, do Docs, Sheets, Slides e outras aplicações de escritório. A nova medida tomada pela empresa de Mountain View nesta missão foi justamente a de renomear toda a suíte de softwares – diga “adeus” ao G Suite e “olá” ao Google Workspaces.
Pelo anúncio feito pela empresa nesta terça-feira (6), o objetivo é o de ampliar as suas ofertas em negócios baseados na computação em nuvem – ambiente onde são hospedados arquivos do Workspaces – e criar novas vias de faturamento fora do eixo “Publicidade” e “Busca”. Com isso, o Google anseia por oferecer benefícios exclusivos a clientes corporativos que adotem sua suíte como padrão para seus escritórios. Segundo a empresa, o Workspaces conta com 2,6 bilhões de usuários mensais.
O G Suite agora passa a se chamar “Google Workspaces”, no intuito de tornar-se mais atraente para clientes empresariais. Imagem: Google/Divulgação
Além do novo nome, o Workspaces também inaugura algumas novas funcionalidades, mas nada muito grandioso: hyperlinks inseridos em textos agora oferecem uma prévia da página para onde direcionam apenas com o passar do mouse, sendo que, antes, você era forçado a clicar. Mais além, o Google fará sugestões de ações caso você mencione outro usuário conectado ao documento (citações do tipo são feitas com um “@”) e, finalmente, novas ferramentas de personalização foram adicionadas ao modo PiP (“Picture-in-picture”) para chamadas em vídeo via Google Meet.
Ainda não há informações sobre os novos recursos chegando para usuários individuais, mas isso é provável de acontecer em algum momento, considerando o histórico do Google.
Google x governo
Enquanto tenta, de um lado, apelar à preferência de clientes empresariais, por outro, o Google segue envolvido em constantes debates legislativos junto ao governo dos Estados Unidos. Sundar Pichai, CEO da empresa (e do consórcio que detém sua propriedade, o Alphabet), tem encontro marcado com um comitê de senadores dos EUA em 28 de outubro, para discutir alterações em uma lei que, hoje, beneficia empresas do setor tecnológico.
Na ocasião, onde também estarão Jack Dorsey (CEO, Twitter) e Mark Zuckerberg (CEO,Facebook), Pichai deverá, por videoconferência, discutir a necessidade de uma reforma ao “Ato pela Decência das Comunicações”. Como está hoje, a lei isenta empresas de tecnologia de qualquer responsabilidade em relação ao conteúdo postado por seus usuários. Trocando em miúdos: o Google não tem que responder por vídeos racistas postados no YouTube, mesmo que a plataforma de vídeos lhe pertença.
Sundar Pichai, CEO do Google. Google/Divulgação
Entretanto, recentes acusações do presidente Donald Trump dizem que as empresas donas destas plataformas estão deliberadamente reduzindo a audiência de criadores de conteúdo mais conservadores, e pediu por uma reforma na legislação que desse ao governo uma maior capacidade de intervenção. Vale citar que, embora Trump não tenha oferecido nenhuma evidência disso, o Senado preferiu instituir um comitê para discutir a viabilidade dessa alteração.
Fonte: CNET